Depois de ser oficialmente nomeado à presidência da Fesporte, Kelvin Soares tem inúmeros desafios pela frente. A pandemia trouxe prejuízos ao setor esportivo catarinense, que viu seus atletas “parados” e sem calendário esportivo. Muitos deles sequer competiram em 2020 e um dos principais desafios é viabilizar a realização de eventos que foram suspensos no ano ado.

Conhecido no meio do esporte vilense, Kelvin era o atual coordenador do Basquete ville e já está em Florianópolis para colocar em prática projetos para o esporte catarinense. Com foco em atualizar a legislação esportiva, potencializar o desenvolvimento de novos talentos esportivos e fazer do atleta o grande protagonista, Kelvin elegeu os três principais desafios neste ano: colocar em prática o Programa de Esporte e Lazer do Estado, viabilizar a Lei de Incentivo ao esporte e realizar os eventos esportivos de acordo com as normas sanitárias. “Precisamos entender que os eventos precisam acontecer com segurança. A cadeia do esporte tem que girar”, salienta.
Em 2020, após várias tentativas para viabilizar a realização do Jasc (Jogos Abertos de Santa Catarina), a competição foi cancelada e, para o novo presidente, o impacto é incalculável e deve demorar a ser recuperado. “Impactou muito, primeiro no aspecto financeiro. Muitos municípios tiveram cuidado para manter as bolsas para que o esporte continuasse andando e não houve competição, mas o maior impacto talvez tenha sido da continuidade do trabalho, o fato de não ter treinamento dos atletas é um impacto que demora de um a dois anos para recupera”, fala.
Kelvin ressalta que a realidade é diferente da vivida em 2020, quando a pandemia era ainda mais incerta. Agora, salienta, há algumas diretrizes e expectativas com relação à vacinação, o que pode dar mais segurança e subsídio para realização dos eventos. “Conhecemos um pouco mais o vírus, isso gera um pouco mais de cuidado, confiança e dá mais tranquilidade de pensar nesses eventos. Nosso grande desafio é manter o monitoramento constante para que os eventos possam acontecer com segurança”, fala.
O presidente da Fesporte ressalta a potência do esporte catarinense e garante que o legado que quer deixar é a aprovação do Plano Estadual de Esporte e Lazer, colocando-o como uma diretriz no que diz respeito à política esportiva em SC.

Além do plano, o novo presidente espera aprovação da Lei de Incentivo ao esporte, para fomentar e incentivas os projetos espalhados pelo Estado. “Precisamos resgatar o vínculo com o patrocinador”, diz. Outra ação que está na mora de Kelvin é a Bolsa Formação, uma medida para evitar que esportistas “desistam” por falta de incentivo e estrutura financeira.
De ville, o presidente quer levar o exemplo do Plano de Ação Esportiva, que já funciona na cidade e dá e na formação esportiva. A intenção é apresentá-lo ao governo e estadualizar o projeto.
A cidade recebeu, ainda, diversos materiais esportivos que foram entregues na semana ada e devem ser reados na próxima semana às escolas para o desenvolvimento das modalidades no ambiente escolar.