O posto de guarda-vidas da praia do Campeche precisou de bandeira lilás neste domingo (7). O motivo: um surto de águas-vivas. Conforme o sargento Rafael Goulart, do GBS (Grupamento de Busca e Salvamento), do 1° BBM (Batalhão de Bombeiros Militar) em Florianópolis, no período da manhã começou a aumentar o movimento de frequentadores atingidos por águas-vivas e perto das 12h foi hasteada a bandeira para alertar os banhistas.

No período da tarde, foram registrados ainda mais casos e, segundo o militar, mais de 200 pessoas foram queimadas por águas-vivas somente na área do Campeche no domingo. Entre os principais alvos, as crianças.
Jovens queimados por águas-vivas 443v5d
Camila Romanovski, 13 anos, é de Curitiba (PR) e está ando as férias com a família em Santa Catarina. “A gente estava no mar e senti arder muito a perna. Quando vi, tinha um tentáculo de água-viva. Mostrei para minha tia, ela tirou o tentáculo e viemos aqui [no posto de guardas-vidas] ar vinagre. Tava bem vermelho. Nunca tinha sido pega por água-viva. Ardeu muito, mas agora tá aliviando. Era uma dor bem intensa”, descreveu a menina.

A tia Viviane Romanovski, 45, já foi queimada por água-viva e sabia que era preciso procurar os bombeiros. “Arde muito, uma sensação de choque. Quando ela mostrou tinha um tentáculo mesmo, cor de rosa. Tirei e falei para irmos até os bombeiros que o vinagre dá uma acalmada. Agora ela está tranquila”, disse Viviane.
O estudante Marcus Vinicius Santiago da Costa, 16, precisou fazer o mesmo com o irmão Luis Felipe, 10, também queimado por água-viva, no rosto. O garoto estava tomando banho, foi mergulhar e levantou gritando.

“Quando vi, tinha um tentáculo rosa no rosto e no braço, mas ele estava de camiseta térmica e no braço não queimou. Não sabia o que era. Viemos aqui nos guardas-vidas. Colocaram vinagre, gaze e a ardência já está ando”, afirmou Marcus.
De acordo com o sargento Goulart, a orientação nos casos de queimadura com águas-vivas é mesmo a de procurar o posto de guarda-vidas para o tratamento com vinagre, além de observar a indicação das bandeiras.
“Sempre que vir a bandeira lilás hasteada no posto, tem que ter ciência do surto de águas-vivas, então, se entrar na água, a pessoa corre grande risco de ser queimada. Caso seja atingida, a dica é procurar o posto. Não deve coçar nem ar produto. Venha até o posto que temos o produto adequado para fazer a assepsia”, declarou o sargento.
Além disso, nos casos mais graves, os guardas-vidas acionam ajuda para encaminhar ao hospital.