Enquanto o mundo voltou sua atenção para a Amazônia na última terça-feira (5) para comemorar o Dia da Amazônia, uma descoberta curiosa ecoou dos confins da Mata Atlântica catarinense.
Espécies dividem o habitat da Mata Atlântica com o bioma Amazônico – Foto: Pexels/Reprodução/ND
Embora o estado de Santa Catarina não faça parte do vasto território amazônico, cientistas do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) revelaram uma conexão notável entre esses dois biomas. Algumas espécies da fauna amazônica encontraram um lar improvável na Mata Atlântica de Santa Catarina.
Animais habitam os dois biomas 3b2g60
Anta (Tapirus terrestris) ug43
A majestosa anta, a maior espécie de mamífero do Brasil, é um exemplo dessa ligação.
Embora sua distribuição seja ampla e abranja biomas como a Amazônia e a Mata Atlântica, ela também é encontrada em Santa Catarina, onde, infelizmente, enfrenta a ameaça de extinção devido à perda de habitat e à caça.
Gavião-real, Harpia (Harpia harpija) 72143l
Outro destaque é a harpia, a maior ave de rapina do Brasil e uma das maiores do mundo.
Embora essencialmente florestal, esta majestosa ave, que utiliza fragmentos florestais para forragear, é raramente avistada em Santa Catarina, com registros históricos escassos.
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) 5g4152
O tamanduá-mirim, que se alimenta de cupins e formigas, adapta-se a florestas, mas também atravessa áreas mais abertas.
Infelizmente, sua lentidão o torna presa fácil para caçadores e frequentemente vítima de atropelamentos no Estado.
Saí-azul (Dacnis cayana) 24642u
Esse pássaro colorido, avistado em ambientes florestais, é outro exemplo fascinante dessa conexão.
Sua presença em Santa Catarina demonstra como a diversidade de espécies pode ser influenciada por barreiras geográficas e ecológicas, diferenciando populações em subespécies.
Onça-pintada (Panthera onca) 1d5mf
Por fim, a majestosa onça-pintada, o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, também é encontrada em Santa Catarina.
No entanto, sua presença no Estado é limitada e a espécie é considerada criticamente ameaçada, ressaltando a necessidade de conservação.
