Já imaginou que a casca de uma banana poderia gerar energia para sua casa e até virar roupa? Uma tecnologia inovadora está transformando esse cenário, antes à ficção científica, em realidade. As informações são do Interesting Engineering.

Cientistas da Universidade de Northumbria, em parceria com pesquisadores do Paquistão, desenvolveram um método revolucionário que transforma resíduos de banana em tecidos ecológicos e energia limpa.
Somente no Paquistão, o cultivo de bananas gera anualmente 80 milhões de toneladas de resíduos agrícolas. Com essa nova tecnologia, ao invés de deixá-los apodrecer, esses resíduos estão sendo aproveitados para criar um recurso valioso.
Cascas de banana estão sendo transformadas em energia limpa 6z2w37
O processo funciona em duas etapas: primeiro, os resíduos de banana são convertidos em fibras têxteis sustentáveis. Em seguida, o material restante é transformado em energia renovável. Esse duplo aproveitamento maximiza o uso dos resíduos, com benefícios ambientais e econômicos.
O impacto vai além da sustentabilidade. O projeto visa fornecer eletricidade limpa para comunidades rurais no Paquistão, onde muitos ainda dependem de combustíveis fósseis poluentes. A troca de energia suja por eletricidade renovável promete melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.
“Jornada inovadora” 465p3b
Dr. Jibran Khaliq, um dos principais responsáveis pelo projeto, destaca que a indústria têxtil do Paquistão, tradicionalmente uma grande fonte de poluição, agora está liderando uma “jornada inovadora” que alia sustentabilidade e tecnologia de ponta.
O processo não só reduz a emissão de gases poluentes e a contaminação da água, mas também produz biofertilizantes que melhoram a saúde do solo e a produtividade agrícola.
Estima-se que os resíduos de banana do Paquistão possam gerar 57.488 milhões de metros cúbicos de gás de síntese, um combustível sustentável capaz de produzir eletricidade.
O projeto, denominado SAFER (Sustainable Access to Fuel and Energy in Rural Pakistan), recebeu um financiamento de £300.000 (cerca de US$ 396.000) da Innovate UK para o desenvolvimento dessa tecnologia.