Uma espécie de árvore é alvo de polêmica na capital catarinense. A Spathodea campanulata, também conhecida como ‘espatódea’, ou árvore ‘assassina’, é considerada uma invasora e seu plantio pode ser prejudicial para o ambiente.
Está é a justificativa do deputado estadual, Padre Pedro Baldissera (PT), para solicitar à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) que retire as plantas, que são proibidas por lei, do campus de Florianópolis. Contudo, apesar de ter 70 árvores dessa espécie, a UFSC não trata a retirada como prioridade.

Por que planta é conhecida como assassina? 5y5z3c
A espatódea é uma espécie nativa do oeste da África e foi introduzida no Brasil como uma planta ornamental. A árvore cresce rápido e se adapta bem ao calor, por isso se transformou em uma espécie invasora em diversos locais do país.
Apesar de bela, a espécie possui uma substância que causa a morte de insetos polinizadores que vão extrair o néctar da sua flor. Abelhas e beija-flores também correm o risco de ficar presos ao líquido denso, similar a uma gelatina, e acabar morrendo.
Quando conseguem se libertar, as abelhas acabam levando o néctar para as colmeias, fazendo com que aquelas que não tiveram contato com a flor também sejam afetadas. A substância é considerada tóxica também para os beija-flores.
Remoção de árvores não é prioridade para UFSC 2p2a32
A UFSC se manifestou sobre o pedido do deputado e informou, em nota, que “entende a importância da substituição de indivíduos arbóreos exóticos de maneira geral e de seu manejo correto para a preservação do meio ambiente”.
Apesar do entendimento, a universidade declarou que a remoção da espécie acontecerá após “a retirada de outras árvores exóticas. Isso porque a lei estadual 17694/2019, que trata especificamente das espatódeas, não determina prazos para a substituição de indivíduos – como acontece com outras plantas exóticas”.
A UFSC informa que 2.179 de suas árvores são consideradas tóxicas e, dessa forma, “há espécies que, por força de lei, precisam ser retiradas com mais celeridade”. A universidade ainda destacou que não recebeu determinação de nenhum tipo para retirada imediata das espatódeas.
Espatódea é proibida em Santa Catarina 5x4o49
A Lei Estadual nº 17.694, de 14 de janeiro de 2019, proíbe a produção de mudas e o plantio da espécie em território catarinense.
A multa para quem descumprir é de R$ 1 mil por planta ou muda produzida, sendo dobrada em caso de reincidência.
Como identificar a planta oo3s
A espatódea é uma árvore grande, podendo ter entre 7 e 25 metros de altura. Possui grandes flores vermelho-alaranjadas que, quando abertas, têm formato de uma taça. Suas raízes são pouco profundas e seus galhos caem frequentemente. Suas flores nascem no período entre abril e novembro.
Como denunciar 186q1l
Ao avistar uma espatódea em solo catarinense, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia ambiental para órgãos competentes.
Em qualquer cidade catarinense, denúncias ambientais devem ser feitas ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) através do telefone 0800-644-8500 ou eletronicamente pelo site da Ouvidoria.
Se for em Florianópolis, a denúncia deve ser feita à Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM) através do telefone 3271-6851 (WhatsApp), no site da Ouvidoria ou presencialmente em uma unidade do PRÓ-CIDADÃO.