A maior regata do mundo, a Ocean Race, que chega pela quarta vez a Itajaí em abril do ano que vem, tem um longo histórico de estudos e pesquisas sobre meio ambiente e clima.
Um dos últimos estudos da regata mais dura do mundo, divulgado em dezembro, descobriu que os plásticos e as microfibras são uma praga ao longo de todo o litoral europeu.

Enquanto líderes europeus prometem aumentar esforços para a preservação do meio ambiente, inclusive chamando discussões para a Amazônia brasileira, o dever de casa por lá não tem sido bem feito.
As 36 amostras coletadas em toda a Europa, inclusive no Mar Báltico na Escandinávia, no Canal da Mancha entre Reino Unido e França, na costa atlântica e no Mar Mediterrâneo, continham microfibras: pequenas fibras plásticas que entram no meio ambiente através da fabricação e da lavagem de roupa sintética. As fibras também chegam no mar através dos pneus de automóveis que chegam ao mar depois de correntes e de fortes chuvas.

Esses dados foram coletados pelas equipes que participaram da “The Ocean Race Europe” em maio e junho do ado que constataram que em média, os mares do Velho Continente possui 139 partículas microplásticas por metro cúbico. Além disso, existem artigos de plásticos maiores como garrafas de plástico, embalagens de alimentos e tampas procedentes de cosméticos.
O estudo da regata foi feito em parceria com a Universidade de Utrecht na Holanda e com o Centro Geomar de Investigação Oceânica de Kiel, na Alemanha.
Os dados recolhidos pela regata servem para o desenvolvimento de um mapa de plásticos do oceano e ajuda a compreender como os plásticos chegam aos ecossistemas marinhos.

Vale lembrar que as microfibras são os tipos de microplásticos que consome com maior frequência as espécies marinhas e das mais preocupantes para a biodiversidade oceânica.