Florianópolis investe na gestão de resíduos para se tornar primeira Capital Lixo Zero do país 28621s

Cidade aposta em educação, tecnologia e gestão de ponta para reaproveitar até 90% dos resíduos e alcançar a meta até 2030 6o76c

Florianópolis investe na gestão de resíduos para se tornar primeira Capital Lixo Zero do paísFlorianópolis investe na gestão de resíduos para se tornar primeira Capital Lixo Zero do país – Foto: Andy Puerari/PMF

Longe de ser um problema a ser enterrado, o lixo em Florianópolis é tratado como um recurso estratégico — que gera economia, movimenta a cadeia produtiva, educa e transforma. Até 2030, a capital catarinense pretende tornar-se a primeira Capital Lixo Zero do país. A meta pode parecer ambiciosa, mas vem sendo construída há anos com muito trabalho e iniciativas concretas que colocam Florianópolis como referência em gestão de resíduos com inovação e comprometimento.

Em 2024, os avanços continuaram em ritmo acelerado. A cidade registrou o reaproveitamento de 7.695,78 toneladas de recicláveis secos, 5.126,78 toneladas de restos de alimentos e 7.184,38 toneladas de resíduos verdes. Os números refletem o esforço coletivo para ampliar a destinação correta dos resíduos e fortalecer a economia circular.

Escola Lixo Zero: onde começa a mudança 3x1jw

Fora das escolas, a educação ambiental também ganha força. Desde 2003, o Museu do Lixo é uma vitrine do que Florianópolis defende: resíduo tem história, tem alerta e pode virar ferramenta de transformação. São mais de 40 mil itens salvos do descarte, reunidos no acervo que compõe o Circuito do Lixo — um percurso que mostra, na prática, como os materiais são tratados no CVR (Centro de Valorização de Resíduos).

Já dentro das casas, o projeto Minhoca na Cabeça transforma a compostagem em um hábito ível. A prefeitura doa minhocários para moradores interessados, incentivando o reaproveitamento dos restos orgânicos.

Com os 2.000 kits já em operação, estima-se que 32 toneladas de resíduos sejam compostadas por mês, o que representa uma economia de 12 caminhões de lixo desviados do aterro sanitário. E os impactos vão além do baldinho de compostagem: a adoção dos minhocários tem refletido em mudanças nos hábitos alimentares das famílias, com mais frutas e legumes no prato — justamente os restos ideais para a vermicompostagem.

Mais ecopontos e referência nacional na reciclagem de vidro 356w2v

Com a ampliação de cinco para nove ecopontos em 2023, Florianópolis reforçou a estrutura de descarte correto e colheu resultados expressivos: 11,8 mil toneladas de resíduos desviadas do aterro e R$ 2,8 milhões economizados em transporte e destinação. É menos custo, menos poluição e mais consciência no cotidiano da cidade.

Desde 2003, o Museu do Lixo é uma vitrine do que Florianópolis defende – Foto: Andy Puerari/PMFDesde 2003, o Museu do Lixo é uma vitrine do que Florianópolis defende – Foto: Andy Puerari/PMF

No caso do vidro, o modelo virou exemplo. Florianópolis foi a primeira capital do Sul do país a implantar PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) exclusivos para vidro, ainda em 2014. O que começou com 10 pontos já ou de 290 — são 296 distribuídos pelos bairros.

Os números impressionam: são 165 toneladas de vidro reaproveitadas por mês. Todo esse volume é triado por cerca de 200 famílias que vivem da reciclagem. Cada garrafa descartada vira nova embalagem, evita o uso de matéria-prima virgem e ainda reduz as emissões de CO₂.

“Além de evitar o descarte incorreto, os PEVs impulsionam a economia circular e geram trabalho e renda com impacto ambiental positivo”, afirma Karina da Silva de Souza, engenheira sanitarista da Secretaria do Meio Ambiente.

Verdes que viram solução 5i42c

Em 2024, a cidade recolheu 7.130 toneladas de resíduos verdes – Foto: Andy Puerari/PMFEm 2024, a cidade recolheu 7.130 toneladas de resíduos verdes – Foto: Andy Puerari/PMF

Em 2024, a cidade recolheu 7.184 toneladas de resíduos verdes — galhos, folhas, troncos. Todo esse material é triturado e reaproveitado em hortas, paisagismo e compostagem. A previsão é de crescimento de até 30% no volume coletado ainda neste ano, com até 17 coletas programadas por região.

“Cada fração de resíduo tem valor. A coleta seletiva de verdes é um o importante para incentivarmos práticas mais sustentáveis”, reforça o secretário Alexandre Waltrick Rates.

O serviço é feito com caminhões compactadores de grande porte e exige regras específicas — como o uso de sacos compostáveis. Vale lembrar: empresas de jardinagem não são atendidas pelo serviço e devem levar seus resíduos ao CVR.

📍 Linha do tempo rumo ao Lixo Zero em Floripa: 473m1k

📌 1988 – Nasce o Projeto Viva Melhor e Beija-Flor, que marca o início da valorização dos resíduos em três frações: secos, orgânicos e rejeitos.

📌 1994 – Expansão da coleta seletiva porta a porta de embalagens para toda a cidade.

📌 2000 – Implantação dos primeiros 2.000 minhocários e inauguração do Centro de Valorização de Resíduos (CVR).

📌 2003 – Criação oficial do Museu do Lixo e consolidação do CVR como espaço de educação ambiental.

📌 2014 – Implantação dos primeiros PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) exclusivos para vidro.

📌 2020 – Coleta seletiva a a incluir resíduos orgânicos e tem início a coleta de resíduos verdes.

📌 2023 – Lançamento do projeto Escola Lixo Zero, ampliação dos ecopontos e expansão da coleta de resíduos verdes.

📌 2024 – Coleta de verdes cresce 40% e os PEVs de vidro chegam a 296 unidades espalhadas pela cidade.

🎯 2030 (meta) – Florianópolis quer ser a primeira Capital Lixo Zero do Brasil, com reaproveitamento de 60% dos recicláveis secos e 90% dos resíduos orgânicos.

Conforme determina a Lei Municipal nº 10.199, de 27 de março de 2017, a Prefeitura Municipal de Florianópolis informa que a produção deste conteúdo não teve custo, e sua veiculação custou R$2.000,00 reais neste portal.

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