Além de contar com uma área continental, Florianópolis é formada por um grande arquipélago com mais de 30 ilhas. Sem dúvida, além da Ilha de Santa Catarina – a maior delas e a que compõe o Centro da Capital – a Ilha do Campeche é, também, outra preferida entre moradores e turistas.

Quem nos apresenta a Ilha do Campeche é o guia de turismo Mário Costa Júnior. Por três anos, ele foi monitor voluntário de projetos de preservação na Ilha e conhece aquele pedacinho de terra cercado de água salgada como ninguém.
Mário Júnior revela peculiaridades importantes para quem quer visitar a Ilha da Campeche. Uma delas é que o o ao local, por meio dos barcos que fazem o transporte de forma oficial, é limitado.
“Isto significa dizer que, pelo motivo de o local ser tombado pelo Iphan (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio arqueológico, etnográfico e paisagístico brasileiro desde 2000, a visitação é limitada a 800 visitantes por dia. Eles podem ficar na Ilha do Campeche por quatro horas”, explica o profissional.
O guia de turismo pontua também que é importante evitar utilizar os barcos que fazem a travessia entre as ilhas de Santa Catarina e do Campeche de forma ilegal. Primeiro para fortalecer as associações e empresas que atuam na atividade de forma legal e responsável, segundo por questões de segurança.
Entretanto, qualquer pessoa pode entrar na Ilha do Campeche, seja por barco particular, a nado, de caiaque, stand up e por aí vai.
Como chegar à Ilha do Campeche? 3bb3y
Como o nome diz, trata-se de uma ilha, portanto não há como chegar por meio de uma ponte. Há basicamente três opções: a nado, de barco ou pelo ar – este último método é mais complicado e não é recomendado.

“O melhor o é por meio das embarcações que partem de três lugares. Cada uma tem seu preço, conforto e tempo de navegação diferenciado. É só escolher qual é a melhor opção para sua família e se aventurar”, diz o guia de turisto Mário Júnior.
Quais são os locais de partida dos barcos oficiais para Ilha do Campeche? 6i2b36
Basicamente são três locais de embarque e desembarque:
- Associação dos Barqueiros de Transporte da Praia do Campeche: o mais caro e mais rápido dos serviços de transportes disponíveis. Ele zarpa da praia do Campeche, na altura do o ao mar pela rua Pequeno Príncipe. Ao chegar na areia você já vai perceber o pessoal dos botes a uns 200 metros à esquerda. Em média, a travessia de 1,6 km dura menos de 10 minutos e custa em torno de R$ 150 por pessoa;
- Barra da Lagoa: é um dos eios mais confortáveis, feito por meio de três operadoras de escunas, que saem da Barra da Lagoa, navegam por 1h20, até aportar na Ilha do Campeche. O preço médio é de R$ 130 por pessoa;
- Praia da Armação: são dois operadores que fazem o trajeto do trapiche da praia da Armação até a Ilha do Campeche. O trecho dura 30 minutos e o investimento gira em torno de R$ 130 por pessoa na temporada. Fora da temporada o valor é de cerca de R$ 80.
O que levar para visitar a Ilha do Campeche? 6u3449
O guia de turismo Mário Costa Júnior diz que visitar a Ilha do Campeche é como ir a uma das praias de Florianópolis, mas com algumas restrições.
A fauna e flora são as mesmas da Ilha de Santa Catarina e do bioma da Mata Atlântica. “Não é permitido acampar na ilha, fazer fogueiras e colocar música alta, por exemplo. Alimentar os animais também é dispensável”, pontua.
É recomendado levar protetor solar, água e bebidas para se manter hidratado, além de um lanche – de preferência pronto – para a hora que bater aquela fome.
Se isso não for possível, não se preocupe: na Ilha do Campeche há um restaurante e uma lanchonete, que oferecem opções de salgados, pratos, porções e bebidas.
O que fazer na Ilha do Campeche e porque ela é única? o5d3t

A Ilha do Campeche não é muito grande, mas algumas coisas tornam este lugar muito especial. “A espessura e cor da areia, fina e muito branca, aliada à baixa profundidade do mar – de 8 a 12 metros – e a incidência da luz solar – sobre a localização subtropical, fazem com que a coloração da água seja única.
Segundo Mário Costa, apenas três lugares no Brasil têm características parecidas. Nenhum deles, no entanto, está em localização geográfica subtropical.
Este mesmo fator é muito importante para uma das atividades prediletas de quem visita a Ilha do Campeche: fazer mergulho. Com equipamentos básicos, como snorkel e óculos apropriado, dá para ver uma infinidade de peixes coloridos, cavalos-marilhos e, se tiver uma dose de sorte, tartarugas. Quem não tiver os equipamentos, o pessoal da Ilha do Campeche tem para alugar ao preço médio de R$ 15.
Além da praia paradisíaca, a Ilha do Campeche estampa muita arqueologia, com pinturas rupestres espalhadas por lá. São verdadeiros e grandes sítios arqueológicos a céu aberto. As trilhas da ilha também são eios recomendados.
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O Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. O projeto conta com reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade, publicadas e exibidas no Jornal ND, no portal ND Mais e na NDTV RecordTV.