Muitas curiosidades e perguntas surgiram com o alargamento da faixa de areia da praia Central de Balneário Camboriú, uma delas é se o sombreamento da praia será resolvido com os 70 metros de alargamento da praia, quando a obra for finalizada.
O prefeito da cidade, Fabrício Oliveira (Podemos) explica que, apesar de haver esta expectativa por parte da população, este não é o real objetivo da obra.
“Quando se iniciou os primeiros estudos havia essa expectativa de uma parte da população. No entanto, o objetivo da obra é a reestruturação costeira para evitar os eventos mais extremos quando as marés astronômicas de sizígia combinadas com ventos e ciclones extra-tropicais geram eventos de forte erosão costeira”, explicou.

Oliveira completa explicando que “com mais espaço na praia, será possível reconstruir a berma da praia que, em conjunto com a vegetação de restinga que será plantada, vão auxiliar para que estes eventos extremos tenham menor impacto na infraestrutura. Também a obra pretende ampliar o espaço para o uso de lazer, micro mobilidade, equipamentos urbanos, enfim, ampliar a área de uso para população”, explicou.

Uma nova praia Central 4i2l
O alargamento da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú começou no domingo (22) e as expectativas já estão altas. A previsão é que até novembro toda a extensão da praia já esteja concluída.
Atualmente, a faixa de areia tem, em média, 25 metros. Com o alargamento, ela deve ar a ter 70 metros. O aumento não deve diminuir tanto o sombreamento da praia, mas deve amenizar eventos extremos, como quando a maré invade a Avenida Atlântica.

Além do alargamento da praia, a Avenida Atlântica também deve ar por uma reurbanização. Este projeto está em fase final de elaboração. Para o prefeito, será um “grande parque a céu aberto para os moradores de Balneário Camboriú e para todos que nos visitam”.
Diminuição de eventos extremos z3e2m
Conforme a secretária de Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloísa Lenzi, “com mais espaço na praia, será possível reconstruir a orla da praia que, em conjunto com a vegetação de restinga que será plantada, vão auxiliar para que estes eventos extremos tenham menor impacto na infraestrutura”.
Com a conclusão da obra, eventos mais extremos devem se tornar bem menos frequentes. “A obra de alargamento é o primeiro o e em conjunto com a nova urbanização da Avenida Atlântica e um novo projeto de drenagem pluvial são as medidas necessárias e complementares para que se tenha o projeto de recuperação costeira completo”, afirma Maria Heloísa.
Ressaca já invadiu Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú – Vídeo: Sabine Weiler/Arquivo Reprodução
Com uma nova praia, também se acende um alerta para as alterações no mar. Na praia de Canasvieiras, em Florianópolis, que também ou pelo alargamento, logo depois das obras, casos de afogamentos foram registrados.
Para o engenheiro Toni Fausto, fiscal da obra, a possibilidade de algo parecido acontecer em Balneário Camboriú é menor. “Estamos tomando cuidados possíveis para minimizar ao máximo uma rampa de declividade excessiva longo após a construção. A natureza irá conferir, após decorrido o seu tempo, características similares da praia hoje existente”, afirma.