O vídeo de um boto “arrastando” o companheiro sem vida no mar da praia de Canavieiras acendeu um alerta em Florianópolis. Esse foi o segundo caso em que um animal da espécie foi encontrado morto em uma praia da Capital. O primeiro foi na praia dos Ingleses. Os casos serão investigados pela PMA (Polícia Militar Ambiental).

A principal suspeita é de que as mortes tenham sido causadas por redes de pesca, utilizadas na safra da anchova, colocadas em lugares irregulares. Ao tentar pegar os peixes nas redes, os botos acabam ficando presos e morrem.
Segundo o comandante da 1ª Companhia da PMA, capitão Fernando Magoga Conde, os policiais “diuturnamente flagram redes colocadas em lugares irregulares. A gente tem uma parceria muito grande com os pescadores quanto à colocação dessas redes. Nós estamos falando agora da modalidade de emalhe, que é onde conflita com esse cetáceo. As redes principais que a gente se depara são com os emalhes de superfície”.
“Existe uma normativa que proíbe emalhe fixo até uma milha de costa. Posterior a essa linha, a colocação dessas redes é permitida, só que essas redes têm que ser identificadas na tralha superior. Na tralha superior da rede tem que haver a identificação do pescador. Essa identificação serve tanto para nós sabermos quem está pescando quanto também para quando eles perdem essas redes”, explicou Conde.
Conforme o comandante, só este ano, a PMA já recolheu quase 15 km de redes em local irregular. “Se a gente identificar essas redes em locais proibidos, eles [os pescadores] vão responder criminalmente e istrativamente”, afirmou o policial.
Confira mais informações na reportagem do Balanço Geral Florianópolis.