Tão logo ganharam o noticiário as rachaduras que derrubaram prédio e abriram crateras em ruas de Gramado, na serra gaúcha, em Criciúma, onde o subsolo é minerado, ocorreram preocupações. O medo era de que o fato registrado no Rio Grande do Sul se repetisse no Sul de SC. A explicação que tranquiliza foi dada pelo geólogo Mauricio Tadeu Fenilli de Menezes, da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Criciúma.

Ele lembra descarta que a cauda das rachaduras em Gramado sejam decorrentes de movimentos de placas tectônicas, como chegou a ser especulado. Lembra que o volume de chuvas da região foi muito alto e que o solo na área é argiloso. Isso descarta outra especulação que correu o Sul de SC. É a de que a região de Criciúma, onde a mineração perfurou o subsolo, pudesse igualmente ceder provocando rachaduras.
Onde ocorreu o fenômeno das rachaduras em Gramado o solo é de área montanhosa com solo espeço e argiloso. Combinado ao excesso de chuvas, construções ou pavimentações tornam o local propício às ocorrências registradas. Fenilli de Menezes acentua ainda que isso não ocorreu sem “avisos” dados pela natureza anteriormente.
Já em Criciúma, e arredores, o solo é de arenito e folheiros, quer dizer, tem uma composição mais arenosa, com seixos e cascalhos tornando a possibilidade de se ter fenômenos naturais como os de rachaduras muito pouco prováveis.