A Fundação Grupo Boticário contemplou uma iniciativa da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) de promoção e conservação do ecossistema ao cultivo de algas, o projeto Igaú. Junto à Fundação Araucária, ambas destinarão R$ 3,7 milhões em apoio financeiro para 19 soluções inovadoras.

O Igaú é uma parceria entre a UFSC e a Unespar (Universidade Federal do Paraná) que visa, além da conservação do ecossistema, à sua restauração para que possa prover alimentos e servir de espaço de lazer.
De acordo com seus idealizadores, o cultivo e a coleta sustentável de algas geram matéria-prima renovável com potencial de produzir materiais ecológicos.
“O cultivo da alga está despontando como um negócio importante para o futuro, podendo servir para criar renda. Uma gama de produtos podem ser produzida pela alga, como: fertilizantes, biocombustível, fármacos, cosméticos”, explica Orestes Alarcon, coordenador do projeto.
A equipe do Igaú é formada por docentes, graduandos e pós-graduandos do Laboratório de Ficologia da UFSC, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC e da Universidade Estadual do Paraná. Sua execução vai começar neste mês de julho e tem previsão de três anos de duração.
O Veleiro Eco 375r18
Toda a pesquisa será facilitada pela iniciativa do Veleiro Eco, que será uma das principais casas da equipe de pesquisadores para os estudos com algas. Isso porque ele possui laboratórios que permitem que as análises sejam imediatamente realizadas a bordo.
A embarcação é a primeira do tipo no Brasil a realizar pesquisa oceanográficas. Alarcon salienta que o veleiro vai contribuir na transformação da vida das comunidades locais e apresentar soluções para a conservação da natureza.

A construção do veleiro iniciou-se em 2012 com o objetivo de aprimorar e expandir as pesquisas oceanográficas do país. Com aproximadamente 20m de comprimento (equivalente a um prédio de seis andares) e 5,3m de largura, ele tem capacidade de hospedar dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes.
Sua estrutura permite que realize expedições científicas de grande porte, incluindo para os polos do globo (Antártica e Antártida). Além disso, ele pode navegar em águas rasas de mangues e estuários de rios, devido a sua quilha retrátil (peça que funciona como espinha dorsal da embarcação).
Dentro dela há laboratórios, para que as primeiras análises sejam imediatamente realizadas a bordo com uma equipe;