A Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, manguezal localizado em Florianópolis, teve o seu primeiro plano de manejo sustentável aprovado pelo ICMBio (Comitê Gestor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Com isso, ficam estabelecidas normas de utilização do espaço de preservação ambiental.

O plano de manejo foi aprovado em novembro de 2021, resultado de ação civil pública do Ministério Público Federal e de acordo judicial com o Instituto Chico Mendes, homologado pela Justiça Federal.
“O documento estabelece várias regras para o uso da área, sobre o que pode ou não fazer. Também tem o zoneamento das áreas onde pode haver manejo sustentável dos recursos e a delimitação das zonas mais restritivas de conservação”, explica a analista ambiental do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, Andrea von der Heyde Lamberts.
Estão estabelecidos ainda no plano de manejo os valores e recursos fundamentais da Reserva e o que é preciso para mantê-los. Cartilhas e páginas da internet estão sendo preparadas pelo ICMBio para resumir as ações aos beneficiários.
Reserva de Pirajubaé 4y5n24
São 1.686 hectares de mangue que servem de lar para animais, oferecem sustento à comunidade e ajudam na manutenção do bioma. Além disso, em caso de chuvas muito volumosas o manguezal contribui no estoque das águas, evitando alagamentos na cidade.
“O manguezal tem um papel muito importante como berçário de criação de peixes, caranguejos e siris, que depois saem e vão povoar o mar”, explica a analista do ICMBio. “Contribui também para os beneficiários, tanto como fonte de renda para a venda do pescado como na segurança alimentar”.