As ocorrências com águas-vivas no litoral catarinense aumentaram 470% em 2023. Segundo o CBMSC (Corpo de Bombeiros de Santa Catarina), do dia 17 de dezembro ao dia 12 de fevereiro de 2023 foram 22.636 ocorrências. Em 2022 foram 3.970.
O aumento, pode ter duas explicações. A época do ano, e o aumento dos banhistas, segundo o biólogo marinho do Oceanic Aquarium, André Neto.
Acidentes com águas-vivas aumentaram 470% em 2023 – Foto: Unsplash/Divulgação/ND“Existem eventuais correntes marinhas e alterações de temperatura que podem estar associadas a um ‘boom’ de aparecimento de medusas”, explica.
No entanto, o profissional reforça:
“Não acredito que possa haver uma aumento na quantidade de indivíduos da espécie. O lógico a se pensar é que este ano houve um aumento também considerável de banhistas, o que aumenta a chance do contato com esses animais”, diz.
Biólogo acredita que apenas as correntezas e época do ano não são capazes de aumentar tanto os acidentes – Foto: Leo Munhoz/NDOutros dados t6q1o
Segundo o relatório da operação veraneio do CBMSC, durante a temporada de 2022/2023 já foram 21 mortes por afogamento em água salgada e 16 em água doce. Só para se ter uma ideia, na temporada de 2021/2022 foram 16 em água salgada e 21 em água doce. O número de mortes em água salgada subiu 31%.
Os homens são maioria nas mortes. Há duas mulheres que morreram afogadas, o restante foram homens. A média de idade das vítimas é de 37 anos. Essa média é medida pelas vítimas de afogamentos em água doce e salgada, excluindo áreas privativas.
O dado positivo é que houve aumento de 60% nos salvamentos. Foram 3.654 pessoas que deixaram de se afogar nesta edição, enquanto na última temporada (21/22) foram 2.287.
