Uma nova tecnologia, baseada em dados de satélites, começou a ser usada em operações ambientais em Santa Catarina. O Simad (Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento) foi usado pela primeira vez entre os dias 7 e 11 de fevereiro, em operações nos municípios de Angelina, Águas Mornas e São Bonifácio, na Grande Florianópolis.

O Simad alertou o IMA (Instituto do Meio Ambiente) que a vegetação em seis áreas nos municípios estavam sofrendo danos de crimes ambientais. Em parceria com a Polícia Militar Ambiental o órgão realizou a operação de combate ao desmatamento.
Agora, análises serão feitas pela Gerência de Fiscalização do IMA, podendo ou não resultar em penalidades como multas, embargos ou recuperação da área. No momento, a equipe técnica analisa informações de áreas e hectares afetados pelos crimes ambientais.
Programa inédito 6q3d3p
O programa inédito em Santa Catarina usa imagens de satélite em períodos diferentes, no mesmo local, para identificar mudanças na vegetação que indiquem desmatamento. O Simad também é capaz de verificar se aquele espaço tem ou não autorização para corte de madeira.
“O alerta é gerado por programas computacionais de código aberto e portanto sem custos para o Estado”, conta o gerente de Gestão de Informações Ambientais e Geoprocessamento, Diego Silva.
“Analisamos se houve autorização para supressão incluindo informações de responsabilidade do IMA e as disponibilizadas pelo Ibama, além de outras informações da área, como histórico de uso do solo, informações do Cadastro Ambiental Rural, entre outros”, explica o gerente.
“O sistema traz mais celeridade na repressão de crimes ambientais e também permite ao IMA mais autonomia para disparar os alertas a outros órgãos de fiscalização e reduzir cada vez mais os desmatamentos ilegais em Santa Catarina”, pontuou o presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto.
Para o diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental, Fábio Castagna da Silva, a tecnologia torna as operações mais certeiras. “O Simad foi desenvolvido para atender a necessidades específicas dos órgãos de fiscalização em Santa Catarina, reduzindo deslocamentos desnecessários em função de imprecisão de informações”.