O tubarão anequim encontrado morto na manhã desta quarta-feira (5) em Itapema, no Vale do Itajaí, está desaparecido. A FAACI (Fundação Ambiental Área Costeira de Itapema) foi chamada para levar o animal, mas quando chegou ao local ele havia sido levado.
Após tentar o o a câmeras em áreas públicas da região, que estavam danificadas, a entidade agora analisa imagens de um condomínio perto do local, para tentar identificar o responsável pelo desaparecimento do tubarão.

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A FAACI ainda não sabe afirmar se o animal é o mesmo que foi encontrado encalhado na noite desta terça-feira (4), e que foi devolvido ao mar ainda com vida. A ocorrência do salvamento foi atendida pelo Corpo de Bombeiros.
A reportagem tentou contato com a corporação desde a manhã desta quarta-feira, mas não obteve resposta.
Espécie é agressiva 1v1lf
O tubarão anequim é também conhecido com tubarão-mako ou tubarão-sombreiro. O Isurus Oxyrhynchus é um tubarão da família dos lamnídeos, encontrado nos mares tropicais e temperados. Tem corpo fusiforme variando de azul a azul-escuro, com ventre branco, focinho pontudo e boca ampla.
É uma espécie agressiva que vive em mares com temperatura acima de 16º graus. Ele chega a medir 3,5 metros de comprimento, sendo uma das espécies mais velozes e com uma das mordidas mais fortes entre os tubarões.
De acordo com o Museu Oceanográfico da Univali, é raro encontrar a espécie na Costa, visto que o habitat dela é o oceano.
Pesquisas são importantes para detectar problemas ambientais w18s

Segundo a FAACI, não constitui crime levar animal morto para uso próprio. Entretanto, faz parte do procedimento da entidade encaminhar as espécies encontradas para a realização de pesquisas sobre a saúde do animal.
A depender do caso, a FAACI encaminha os animais, vivos ou não, para instituições como o PMP (Programa de Monitoramento de Praia), o Museu Oceanográfico da Univali e o IAMB (Instituto Anjos do Mar), que realiza o monitoramento da costa.
Somente uma análise no corpo do tubarão pode identificar os motivos que levaram à mudança de habitat da espécie, e mesmo sua morte, aponta o Museu Oceanográfico da Univali, que realiza pesquisas taxonômicas e biogeográficas em espécies marinhas.
A mudança de meio pode estar diretamente associada à saúde da espécie, indicando até mesmo problemas globais.
Por meio desses estudos, pode-se identificar problemas como a queda de temperatura da água, falta de alimentos ou poluição. Assim, as instituições conseguem ter controle sobre os problemas e adotar medidas para resolvê-los, afirma a FAACI.
O procedimento a ser realizado nesses casos é entrar em contato imediato com a fundação. Entretanto, casos em que o animal é levado costumam ser raros, afirma a FAACI, que costuma receber muitas tartarugas mortas por redes. Um lobo marinho também chegou morto à fundação nesse período, no ano ado.
*Com supervisão de Beatriz Carrasco.