Ricardo Tirloni, 39 é um dos grandes nomes das artes marciais em Santa Catarina.
Natural de Balneário Camboriú, o agora ex-lutador de MMA teve uma carreira com ótimos números : 32 lutas e 24 vitórias sendo 9 por nocaute.
Lutou em grandes torneios como o Bellator, na época, o segundo maior torneio de MMA do mundo atrás apenas do UFC, ganhou dinheiro e levou o nome de Balneário Camboriú para o mundo.

“Nasci aqui, moro no mesmo endereço desde sempre e foi uma honra levar o nome de Balneário Camboriú tão longe“, disse ele em bate-papo com a coluna.
Mas em julho do ano ado, Ricardo decidiu que era a hora de parar, e encerrou sua trajetória no MMA em uma luta no Cazaquistão.
Como era de se esperar, o ex-lutador não ficaria longe do esporte na vida pós-octógonos; ele então investiu tempo, recursos e energia na fábrica de artigos para artes marciais que já havia montado um tempo atrás em parceria com seu irmão.

O negócio sofreu durante a pandemia da covid-19, com as academias fechadas é claro que a produção sofreu um soco forte, mas a empresa segurou as pontas.
“Foi difícil, flertamos com a falência, mas com alguns ajustes, deu tudo certo”, explicou.
E deu certo mesmo!
Com muitos contatos e um nome respeitado no mundo esportivo, conseguiu contratos com equipes do Brasil e fora do país.
Na fábrica em Balneário Camboriú, ele tem a licença de grandes marcas como a catarinense Mormaii para produzir artigos para lutas, o jiu-jitsu, principalmente.

São cerca de 1200 kimonos completos por mês que saem daqui para todo Brasil.
Além disso, as luvas importadas do Paquistão que tem os melhores materiais do mundo recebem o nome de marcas nacionais e são espalhadas por lojas especializadas em todo território nacional.
Na empresa, Ricardo Tirloni emprega 17 funcionários entre costureiras, departamento comercial e de logística.
E claro, ele está sempre presente testando os produtos, afinal de contas quer controle de qualidade melhor?

Difícil não.
Quando pergunto sobre as modalidade que ainda pratica, é claro o jiu-jitsu agora treinando e visitando os amigos nas academias da região, além do kite-surf, uma nova paixão, segundo ele.