A renomada estilista britânica Vivienne Westwood morreu, aos 81 anos, nesta quinta-feira (29), em Londres, anunciou sua família.
“Vivienne Westwood morreu hoje (quinta-feira) em paz e acompanhada por sua família em Clapham, no sul de Londres. O mundo precisa de pessoas como Vivienne para mudar para melhor”, afirmaram os familiares em uma mensagem postada na conta no Twitter da estilista.

Seu marido, Andreas Kronthaler, garantiu que “estávamos trabalhando até ao fim e isso me deu muitíssimas coisas para seguir em frente. Muito obrigado, querida”, segundo um comunicado citado pela agência PA.
Westwood se destacou principalmente por seu estilo de moda “punk”, provocador e rebelde.
Ela conseguiu se sobressair nas arelas desde a década de 1970, quando o design de moda era uma disciplina artística praticamente monopolizada pelos homens.
“Seu estilo punk mudou as regras da moda nos anos 1970 e ela foi muito irada por sua coerência com seus valores ao longo de sua vida”, disse a secretária de Estado para a Cultura britânica, Michelle Donellan, em mensagem também no Twitter após o anúncio de sua morte.
29th December 2022.
Vivienne Westwood died today, peacefully and surrounded by her family, in Clapham, South London.
The world needs people like Vivienne to make a change for the better. pic.twitter.com/YQwVixYUrV
— Vivienne Westwood (@FollowWestwood) December 29, 2022
Além de seus desenhos, Westwood ficou conhecida por seus comportamentos provocativos.
Em 1992, ela foi sem calcinha ao Palácio de Buckingham para receber o título da Ordem do Império Britânico das mãos da própria rainha Elizabeth II e posou para os fotógrafos levantando sua saia.
Nos últimos anos, devido ao seu compromisso com o meio ambiente, incentivou as pessoas a comprarem menos roupas.
Além disso, apoiou a causa do australiano Julian Assange, fundador da polêmica rede WikiLeaks, e em diversas ocasiões se opôs à sua possível extradição para os Estados Unidos.
Assange está preso em Londres desde 2019, aguardando o processamento do pedido de extradição aos Estados Unidos, que o acusa de ter divulgado segredos militares americanos em 2010 sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Se condenado nesse país, ele pode ar anos na prisão.