O número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 92 nesta sexta-feira, 27, segundo dados divulgados em plataforma do Ministério da Saúde. Em relação a ontem, houve um aumento de 15 mortes, quando foi registrado 77 óbitos.
O Ministério da Saúde informou que são 3.417 casos confirmados da doença. Isso representa 502 novas confirmações em relação à última atualização dos dados da pandemia no País. O índice de letalidade está em 2,7%.
“Mapa coronavírus Santa Catarina: números de casos e mortes por cidade. e!”
Enquanto a pandemia avança no país e Estados adotam medidas de quarentena, o governo federal lançou uma campanha publicitária chamada “O Brasil não pode parar”. A campanha defende a flexibilização do isolamento social.
A iniciativa é parte da estratégia montada pelo Palácio do Planalto para reforçar a narrativa do governo em relação à crise envolvendo novo coronavírus. Também divulga medidas que o presidente Jair Bolsonaro considera necessárias para a retomada econômica.
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A medida vai contra recomendações médicas, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde no combate à propagação da Covid-19. Especialistas apontam que a quarentena é uma das formas mais eficazes de se evitar a transmissão.
Isso porque o contato com alguém contaminado é a principal forma de contágio do coronavírus. No mundo todo, o número de mortes pelo novo coronavírus já ultraa 26 mil.
Presidente defende que risco maior é para idosos cif
A campanha do governo foi lançada dois dias depois de Bolsonaro convocar a rede nacional de TV e rádio na terça-feira, para defender a suspensão de medidas adotadas na maior parte do País no combate ao coronavírus. O presidente afirmou que autoridades estaduais e municipais “devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa”.
Ele também defendeu a reabertura das escolas. O argumento é de que o risco maior da doença é para idosos e pessoas com outras comorbidades (outras doenças). Para o presidente, o efeito destas restrições na economia do País será a de deixar milhões de desempregados.
O pronunciamento do presidente, em que voltou a minimizar a Covid-19, tratando a doença como “gripezinha” e “resfriadozinho”, deixou perplexos a comunidade médica e até mesmo aliados políticos.
Alerta da OMS 635h5x
A OMS já alertou que há risco da doença mesmo entre os jovens. “Vocês não são invencíveis. Esse vírus pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida ou a morte de outra pessoa”, afirmou na semana ada o diretor-geral do órgão, Tedros Ghebreyesus.
Especialistas também apontam o risco de um jovem contaminado com coronavírus, mesmo que não desenvolva os sintomas, possa transmitir o vírus para algum parente idoso, como pais e avós.