
Marcada para dia 12 de março, às 19h, na Fundação Cultural Badesc, a estreia do documentário peruano “Gênero sob ataque”, em uma ação do Portal Catarinas. O evento gratuito integra a programação do 8M em Santa Catarina.
Após a exibição haverá debate. Até o momento está confirmada a participação de Cauane Maia, integrante do Cores de Aidê e Portal Catarinas, Marlene de Fáveri, historiadora e professora da UDESC, e Mariana Franco, vice-presidenta da União Nacional LGBT (UNA) de Santa Catarina.
O documentário
“Gênero sob Ataque”, dirigido pelo jornalista peruano Jerónimo Centurión Aguirre, aborda o avanço do conservadorismo em países como Peru, Colômbia, Costa Rica e Brasil. Quatro países onde a conjuntura política, os processos eleitorais, as reformas nos currículos escolares e até mesmo um referendo pela paz se tornaram cenários onde esses movimentos impam lemas de ódio e discriminação, com argumentos falaciosos, carentes de qualquer evidência, responsáveis por semear medo e desconfiança.
Produzido pelo Clacai (Consórcio Latino Americano Contra o Aborto Inseguro), o filme documenta campanhas anti-gênero, analisando as suas origens, atores nelas envolvidos e efeitos, não apenas sobre direitos reprodutivos, direitos das pessoas LGBT e educação sexual, mas também sobre processos políticos de amplo alcance.
O documentário procura informar e alertar o público em geral sobre o alcance territorial, político e ideológico por detrás do movimento Com Meus Filhos Não Te Metas, bem como os atores que operam essa corrente conservadora que atua na região latino-americana. Promove um debate sobre as consequências na vida das pessoas, contribuindo para desmistificar os conceitos mais utilizados e distorcidos por esse movimento.
Paula Guimarães, cofundadora do Portal Catarinas, é uma das entrevistadas no documentário. Ela participou da iniciativa em 2018, quando apresentou sua pesquisa e reportagem sobre criminalização de mulheres por aborto no Brasil, no Encontro de Comunicação do Caclai, realizado no México.
Detalhes
A América Latina está sendo ameaçada por organizações e ativistas contrários ao reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos que atuam para limitar e reduzir qualquer avanço no campo da liberdade e da autonomia. Eles defendem uma agenda política que cerceia as liberdades e o exercício pleno de uma sexualidade sadia, prazerosa e responsável.