Cerca de 50 moradores da comunidade da Fortaleza da Barra da Lagoa, em Florianópolis, fecharam a ponte do bairro em protesto contra as obras na estrutura na tarde deste domingo (23). Durante 1h, a cada cinco minutos, os manifestantes ocupavam uma das faixas da via com cartazes e palavras de ordem. A Polícia Militar esteve no local para organizar o trânsito que registrou lentidão.

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A comunidade afirma que não foi consultada sobre o projeto e que erros nas obras ocasionaram desapropriações desnecessárias, além de atrasos para a conclusão. De acordo com o morador Waldir Rodrigues, as entradas para o bairro não foram consideradas no projeto e, com isso, a visibilidade para os motoristas está prejudicada.
“Ficou uma coisa horrível. Para ir para o Centro, os motoristas têm que jogar o carro no meio da rua. Agora não é nada, eu quero ver no verão como é que fica a situação. As autoridades têm que dar um jeito. Não pode ficar assim”.
Entrave se arrasta desde 2014 12684x
Com início em 2014 e valor orçado em R$ 2.985.408,78, a obra buscava melhorar o trânsito na região e ampliar as entradas para o bairro. No entanto, em 2015 as atividades foram paralisadas por falta de segurança para um dos os.
Quase um ano depois, em outubro de 2017, a Justiça Federal pediu a demolição da estrutura após ação civil pública do Ministério Público Federal. Meses depois, em dezembro, o TRF-4 suspendeu a decisão até julgamento de recurso que, em julho de 2018, determinou a continuidade da obra, sem necessidade de demolição da estrutura já construída.
Em agosto de 2018 o Deinfra começou a resolver pendências com Casan e Celesc para retomada da obra. Em janeiro deste ano, a empresa responsável voltou a trabalhar no local.
Contraponto t22b
A Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade informou neste domingo (23) que a empresa projetista da obra será chamada para uma reunião na próxima semana para avaliar as possibilidades de alteração no trânsito da região.
Segundo a secretaria, a obra está com 84% dos serviços executados. As fortes chuvas de maio atrasaram o cronograma da pavimentação. “Os serviços já estão sendo realizados pela empresa para que os dias de trabalho perdidos sejam recuperados”, informou o órgão por meio de nota.
O valor total do contrato é de R$ R$ 3.643.215,46 e o valor pago até a última medição foi de R$ 3.060.300,99.