A penúltima entrevista da série com os candidatos ao governo de Santa Catarina comandada pelo comentarista e articulista Paulo Alceu, no ND Notícias, na NDTV TV Record, foi com Ralf Zimmer (Pros).

O candidato fez críticas aos seus adversários, justificou o uso do Fundo Eleitoral, e disse que se for eleito transformará a Casa d’Agronômica, residência oficial do governador do Estado, em hospital para cirurgias através de uma parceria público-privada.
Zimmer foi questionado sobre o motivo de se candidatar ao governo. Segundo ele, a escolha não foi pessoal, mas de um grupo heterogêneo que tem ao seu lado, formado por produtores rurais, servidores públicos e empresários, que lhe procurou e entendeu que ele tinha um perfil mais adequado para levar o projeto de transparência para o Estado.
“Por meu histórico de luta. Para bater de frente com esse sistema podre que está aí há 20 anos, coordenado por pessoas delatadas que devem explicação à Justiça”, disse. “Vamos mandar eles para casa, vamos mudar Santa Catarina. Agora é hora da nova geração tomar as rédeas do Estado e para acabar com a bandalheira”, emendou.
Uso do Fundo Eleitoral z5i2a
Ralf foi indagado por Paulo Alceu sobre o uso do Fundo Eleitoral, já que o candidato fez críticas anteriormente ao uso dos recursos públicos. O defensor estadual afirmou está usando os recursos públicos na campanha, mas tentou justificar.

“É o único recurso, dadas as circunstâncias, que nos sobrou para ser utilizado. Sou contra, gostaria que acabasse na próxima eleição”, comentou.“A gente tem que encontrar um meio de financiar a campanha sem que tenha corrupção”, completou.
O político declarou que em caso de segundo turno na disputa pela Presidência da República entre o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), apoiará o primeiro.
“O Pros lá em cima está (do Brasil) com o presidente Lula. E aqui, do meu grupo, foi feito um projeto paralelo à direita. Então, eu tenho que ser leal ao grupo que me trouxe até aqui. Não é nem nada pessoal contra a esquerda, mas tem que ser leal ao grupo. Eu já antecipei meu voto no Jair Bolsonaro. E no segundo turno vou apoiá-lo”, destacou.
Decretos e projetos de lei prontos 6p534r
Ralf Zimmer respondeu também os questionamentos sobre dedicar a campanha para acusar e denunciar em outros candidatos e não apresentar informações sobre o plano de governo.

“É por que o outro candidato tem muito tempo para contar mentira à população. Quero convocar a população para conhecer o nosso plano de governo que tem 59 páginas, é o mais completo em todas as áreas . Os decretos estão prontos, projetos de lei para mudar efetivamente Santa Catarina”, argumentou.
O candidato ainda explicou a situação de denúncia que recai sobre ele por crime relacionado à Lei Maria da Penha. “Essa é uma denúncia política, o processo está caduco, tramita há sete anos na Justiça. Eu não sou condenado. Se fosse condenado eu seria ficha suja e não seria candidato. Sou inocente. Realmente não me orgulho”, justificou.
O defensor público disse que tem uma política de assistência contra a violência doméstica. Um dos pontos é transformar a casa oficial do vice-governador do Estado em um abrigo para as mulheres. “A gente tem que dar destinação social para construções do Estado e não servir de palacete”, resumiu o candidato ao governo.
Funcionalismo 5j525d
Ralf Zimmer reforçou que, caso seja eleito governador, transformará a Casa d’Agronômica em um hospital exclusivo para realização de cirurgias. “O projeto de lei está pronto. É para preservar o casarão para ser incorporado na construção por seu valor histórico”, pontuou.
A ideia do candidato é dividir o local com a iniciativa privada por meio de uma parceria público-privada. A empresa entraria com a construção, e o governo com o terreno. “Esse capital explora a parte da construção para o atendimento privado e a outra parte fica destinado para o Estado. A ideia é pra ser exclusivamente para cirurgia. Fazer o maior centro cirúrgico de Santa Catarina”.

Em relação ao discurso de transformar a máquina do Estado em eficiência pública, Zimmer destacou que entre 2016 e 2018, quando comandou a Defensoria Pública estadual, mostrou que é possível fazer isso, já que dobrou o atendimento sem realizar uma contratação de funcionário.
A proposta é fazer uma pesquisa para ver qual é o limite que o servidor pode chegar. “Leva ele ao limite do alto rendimento e faz publicizar, periodicamente, relatórios de produtividade para ser fiscalizado perante a sociedade. É com transparência que as pessoas crescem e dão o seu melhor”, afirmou.
O político disse também que está em seus planos uma reforma istrativa. “Está no nosso plano. Hoje a cada R$ 100 que entram em caixa, R$ 85 saem pra pagar o funcionalismo, aluguel de prédio e contrato com empresa terceirizada. É um modal arcaico. A gente vai enxugar isso. Fazer um teletrabalho com metade do funcionalismo em casa, mas fiscalizado e tendo que apresentar a sua produtividade”.
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