A revista Live Science publicou reportagem investigativa em que denuncia a venda de restos humanos no Facebook. Segundo a publicação, crânios de meninas adolescentes e até de bebês foram vendidos por milhares de dólares em grupos privados da rede social.
Um crânio de uma adolescente foi oferecido por US$ 1.300. Facas e bastões fabricados com ossos humanos também foram colocados à venda, além de livros encadernados com pele humana.
O jornal britânico The Sun detalhou o trabalho investigativo. Conforme a publicação, um repórter da Live Science se infiltrou nos grupos e acompanhou o que foi vendido por dez meses.
Restos humanos são vendidos abertamente em grupos privados no Facebook – Foto: The Sun/Divulgação
“A investigação revelou um mundo em que os restos mortais são frequentemente vendidos com poucas informações sobre suas origens”, escreveu a Live Science. Os restos humanos teriam sido roubados de túmulos.
Uma venda destacada pela reportagem envolveu a suposta pilhagem de um crânio humano na Tunísia. O anunciante, colecionador norte-americano, ofereceu no grupo um crânio, supostamente de 2 mil anos, por US $ 550.
A publicação destaca que a venda de restos humanos é ilegal no Reino Unido e nos Estados Unidos, embora a lei sobre a prática seja um pouco mais obscura em outros países.
“Não existe lei em nenhum estado dos Estados Unidos que conceda permissão ou reconheça que é legal vender restos humanos”, disse Tanya Marsh, especialista em leis funerárias de uma universidade da Carolina do Norte. “Pelo contrário, é expressamente ilegal em vários estados”, diz.
Um porta-voz do Facebook disse ao The Sun que a plataforma está investigando os grupos descobertos pela Live Science.