O futuro do trabalho 5l286i

Vicissitudes profundas ocorrem no mundo do trabalho: variações climáticas, inovações organizacionais e tecnológicas, diferentes perfis de pobreza, recessão econômica e outras incertezas afetam a dinâmica da produção e do emprego. O pragmatismo trazido pela revolução industrial, pelo pós-guerra, pelo fordismo e toyotismo, muito embora ainda presente no mundo organizacional, dá lugar hoje a alternativas mais flexíveis que impõem a empregadores, trabalhadores e governo urgentes adaptações. A onda da “destruição criativa” tão apregoada por Schumpeter no século 19 é cada vez mais real neste cenário de incertezas em que seres humanos são substituídos por tecnologias e sistemas produtivos da noite para o dia tornam-se obsoletos.

Exemplos são vistos na agricultura, em que uma colheitadeira pode substituir até 20 trabalhadores rurais; na educação, onde uma turma presencial pode ser substituída por milhões de alunos do Ensino à Distância (EAD); no sistema bancário, onde aplicativos on-line substituem operadores de caixa. Sem falar das sofisticadas transformações da engenharia de produção em que a mão de obra é substituída pela inteligência artificial, robôs, impressoras 3D, bigdata etc. Mesmo com todos os ajustes econômicos, especialistas afirmam que haverá redução na oferta de emprego formal, além de realocação dos atuais postos de trabalho. Por isso, o futuro laboral requer soluções capazes de desenvolver mudanças que ampliem novas formas de serviço, onde atividades repetitivas deem espaço a equipes multidisciplinares e, sobretudo, novos formatos de renda.

O paradigma se inverteu: são as comunidades em rede, os “freelances”, as “start ups”, as micro e pequenas empresas que garantirão maiores possibilidades de agregar valor e de apresentar soluções financeiramente viáveis para a produção e distribuição de riqueza no país. Já as grandes organizações deverão se adaptar a este modelo e, ao invés de demitir, devem criar oportunidades mais flexíveis de serviços e renda. Esta reinvenção do trabalho a pelo amplo debate da reforma trabalhista, por mais estímulos aos setores inovadores, pela oferta de diferentes cursos  técnicos, por serviços públicos mais eficientes e, sobretudo, pelo fomento de um ecossistema mais competitivo que inclua toda sociedade laboral. A simbiose dessas medidas deve privilegiar o “ganha-ganha” entre trabalhador, empregador e governo, senão continuaremos nesta nefasta crise econômica. É o diálogo que moverá esta nação e garantirá a todos os brasileiros o bem-estar de um Brasil mais inovador, desenvolvido e com trabalhos dignos.

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