‘Sua magia é amar Florianópolis’: amigos e iradores contam histórias da artista Vera Sabino x5k28

Que tal uma jornada artística pela alma da Ilha da Magia, através dos olhos e pincéis de Vera Sabino por relatos de quem a ira? É nas entranhas de Florianópolis que ela encontra o seu éter criativo 3x5r3d

São as histórias, os causos, o cotidiano, o folclore, as belezas e as tradições da Ilha da Magia que, há seis décadas, têm servido de musa à alma da ilustre artista plástica manezinha. É nas entranhas de Florianópolis que ela encontra o seu éter criativo. Na sua arte, vemos um mundo onde as tradições se entrelaçam com o presente e o futuro, criando uma obra que transcende o tempo, como uma história que jamais perde o encanto.

Nascida em Florianópolis, Vera Sabino, de 73 anos, é referência nacional. Ela começou a pintar aos oito anos e se especializou na técnica do acrílico sobre eucatex. Já produziu mais de 8 mil telas e expôs em renomadas galerias de arte no Brasil e ao redor do mundo, levando a cultura e a arte catarinense para diferentes lugares.

Vera Sabino desenvolveu a técnica da pintura acrílica sobre eucatex – Foto: Marco Santiago/Arquivo/NDVera Sabino desenvolveu a técnica da pintura acrílica sobre eucatex – Foto: Marco Santiago/Arquivo/ND

Mas, ao contar a história desta artista notável para Florianópolis, o Floripa 350 foi além, buscando informações junto aos amigos de Vera Sabino. Queríamos descobrir mais sobre a mulher que dedica sua vida à expressão artística, preenchendo telas com cores vibrantes, e, ao fazê-lo, construindo um legado cultural valioso no Estado de Santa Catarina.

Conversando com amigos e confidentes da artista, nos deparamos com um retrato fascinante de Vera Sabino. Ela não é apenas uma pintora talentosa; é uma guardiã da alma da Ilha da Magia.

Obras de Vera Sabino retratam as lendas, histórias, cotidianos, e belezas de Florianópolis - Reprodução/ND
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Obras de Vera Sabino retratam as lendas, histórias, cotidianos, e belezas de Florianópolis - Reprodução/ND
A Iha, seus moradores e suas histórias estão presentes nas obras de Vera Sabino - Reprodução/ND
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A Iha, seus moradores e suas histórias estão presentes nas obras de Vera Sabino - Reprodução/ND
Artista Vera Sabino pinta cores em acrílico sobre eucatex - Reprodução/ND
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Artista Vera Sabino pinta cores em acrílico sobre eucatex - Reprodução/ND
Trabalhos de Vera Sabino percorrem o Brasil e o Mundo em expossições de arte - Reprodução/ND
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Trabalhos de Vera Sabino percorrem o Brasil e o Mundo em expossições de arte - Reprodução/ND
Artista plástica Vera Sabino colore telas há décadas e soma mais de 8 mil trabalhos - Divulgação/ND
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Artista plástica Vera Sabino colore telas há décadas e soma mais de 8 mil trabalhos - Divulgação/ND

Na missão de detalhar um pouco da intimidade da maga dos pincéis catarinenses, conversamos com as professoras, Sandra Makowiecky, Lélia Nunes e com o marchand — profissional que negocia obras de artes —, Antônio Carlos de Macedo Fazanaro.

Sandra Makowiecky: “A ‘magia’ em Vera Sabino é a capacidade de amar essa Ilha” 725r26

Acima, da esquerda para a direita, Vera Sabino, Silvia Lenzi, Lélia Nunes (de costas) e Tuane Ferreira em evento do Museu da Escola Catarinense na Udesc — Foto: Divulgação/NDAcima, da esquerda para a direita, Vera Sabino, Silvia Lenzi, Lélia Nunes (de costas) e Tuane Ferreira em evento do Museu da Escola Catarinense na Udesc — Foto: Divulgação/ND

“Vera Sabino faz refletir em suas obras a alma de observadora atenta, tal como ela descreve o perfume de cada lugarejo, através das janelas da sua ilha.

Espelhos, jaulas ou faróis, os olhos estão no limite entre a materialidade e a espiritualidade. A ‘magia’ em Vera é a capacidade de amar essa ilha, como ela mesma diz: ‘Na Costa da Lagoa, refúgio original de tantos perfumes, reacende a cada nascer do Sol a alegria de ter nascido aqui’.

Na sua contemplação convivem hibiscos, samambaias, musgos, xaxins, helicônias, bromélias, cactáneas das mais surpreendentes cores, folhagens do coração, para olhar e sentir. Frutas inventadas, peixes imaginários, insetos, pássaros, bruxas disfarçadas. Mulheres assexuadas, sereias, selvas incomuns, escamas, tatuagens, madonas, convívio de fragmentos do inconsciente e elementos de paisagem visível, táctil.

Vera é manezinha e faz questão de retratar a cultura e costumes da Ilha de Santa Catarina em suas obras – Foto: Divulgação/NDVera é manezinha e faz questão de retratar a cultura e costumes da Ilha de Santa Catarina em suas obras – Foto: Divulgação/ND

A magia de Vera está em retratar a natureza que seus olhos, encantados, apaixonados, não cansam de irar e de representar. Percebe-se nas obras de Vera, a descrição luxuriante da natureza dos viajantes estrangeiros. Essa é a sua magia”, afirma a professora.

Sobre Sandra Makowiecky: Professora do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, na linha de Teoria e História da Arte. É membro da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) — Seção Brasil e presidente da ABCA (Associação Nacional de Críticos de Arte). Membro do Comitê Brasileiro de História da Arte. Membro da Anpap (Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas) e do IHGSC (Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina).

Lélia Nunes: “Seu trabalho é mais do que uma pintura. Vera Sabino é uma poeta dos pincéis” 4my1y

Professora e escritora Lélia Pereira Nunes fala sobre Vera Sabino – Foto: Leo Munhoz/NDProfessora e escritora Lélia Pereira Nunes fala sobre Vera Sabino – Foto: Leo Munhoz/ND

“Vera Sabino para mim é um amiga muito querida, amiguinha, como a gente diz. Enquanto escritora, ter tido obras dela ilustrando meus livros — ‘Caminhos do Divino: Um Olhar Sobre a Festa do Espírito Santo em Santa Catarina’ e ‘Corpo da Ilha’ — é privilégio. São trabalhos lindíssimos que enriquecem minha literatura.

Vera Sabino é uma artista plástica que, em sua arte, tem um trabalho que é mais do que uma pintura. Ela é uma verdadeira poeta dos pincéis, uma defensora do patrimônio de Florianópolis em sua arte.

Quando ela fala do imaginário ilhéu, ela está registrando para todo o e sempre nossa Cultura. Sabemos que no sentido estético e artístico, a epifania é um momento privilegiado de revelação.

Posso afirmar que a arte de Vera Sabino é um contínuo desvendar por caminhos da Floripa, da velha figueira ou do jardim florido da casa da Armação e dali para um mundo sem amarras e nem muros, tal qual o horizonte líquido da sua ‘pátria pequena’ — a Ilha de Santa Catarina”, garante Lélia.

Capa do Livro de Lélia Nunes
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Capa do Livro de Lélia Nunes "Caminhos do Divino: Um Olhar Sobre a Festa do Espírito Santo em Santa Catarina", tem reproduzida obra de Vera Sabino - Reprodução/ND
Tela de Vera Sabino ilustra livro de Lelia Nunes - Reprodução/ND
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Tela de Vera Sabino ilustra livro de Lelia Nunes - Reprodução/ND
Artista plástica florianopolitana Vera Sabino desenha as telas antes de colori-las - Reprodução NDTV/Record TV
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Artista plástica florianopolitana Vera Sabino desenha as telas antes de colori-las - Reprodução NDTV/Record TV

Sobre Lélia Nunes: Professora, curadora de cultura do Floripa 350, cidadã honorária de Florianópolis, escritora, socióloga e doutoranda em Literaturas e Culturas Insulares, e presidente da Academia Catarinense de Letras, há quase cinco décadas, dedica-se à cultura catarinense, em particular à cultura tradicional açoriana.

Antônio Fazanaro: “Sou o que sou e tenho minha profissão por conta da Vera Sabino”

Antônio Carlos de Macedo Fazanaro com o quadro que ganhou de Vera Sabino, em 1988 - Windson Prado/ND
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Antônio Carlos de Macedo Fazanaro com o quadro que ganhou de Vera Sabino, em 1988 - Windson Prado/ND
Obra de Vera Sabino - Antonio (2)
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Obra de Vera Sabino - Antonio (2)

“Conheci Vera Sabino quando eu era adolescente. Na época, anos de 1985, estudava com o primo do filho dela. Isso fez com que eu asse a frequentar a casa da Vera.

Fui descobrindo um universo único, vivenciei a produção de arte, todos os processos, desta artista fantástica que é Vera Sabino. Em 1988 comecei a colecionar quadros. Vera Sabino me incentiva.

Aos poucos fui aprendendo sobre o assunto. Como ela tinha uma produção muito intensa, era bastante requisitada nos eventos da cidade, mas por ar o dia todo e varar a madrugada pintando não tinha tempo para ir aos encontros. Então, ela começou a pedir para que eu a representasse.

Me formei em economia e Vera me convidou para começar a negociar suas telas. Ela sempre foi minha grande incentivadora, é a responsável por ser quem sou hoje. Sua arte é reconhecida, respeitada e jamais será esquecida”, relembra Antônio.

Sobre Antônio Fazanaro: Trabalha como marchand, que é uma pessoa que atua como intermediário entre artistas e potenciais compradores de obras de arte. O termo é frequentemente usado no contexto do mercado de arte, especialmente em artes plásticas. Os marchands desempenham um papel importante na promoção, comercialização e venda de obras de arte de artistas.

Floripa 350 y4k5m

O projeto Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Ao longo de dez meses, reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade serão publicadas e exibidas no jornal ND, no portal ND+ e na NDTV RecordTV.

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