Marco Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, voltou à cena logo após mais um aumento dos combustíveis. Lembrando que a alta anunciada pela Petrobras, na sexta-feira (17), para o diesel e gasolina, gerou revolta em diversos setores da sociedade, especialmente voltado ao transporte.

Zé Trovão ganhou popularidade como defensor dos caminhoneiros e por manifestações a favor do fechamento do Supremo Tribunal Federal. Chegou a fugir para o México, se entregou à Polícia Federal, ficou preso em ville, conseguiu a liberdade meses depois e hoje é candidato a deputado federal por Santa Catarina.
Estimulado por Bolsonaro, segundo escreveu o Blog do Noblat, no Portal Metropoles, Zé Trovão divulgou um vídeo convocando os caminhoneiros para um ato de protesto em frente às refinarias e em frente à Petrobras no próximo dia 27. Se até lá ela não cair o preço dos combustíveis, o protesto poderia dar lugar a uma greve.
VEJA VÍDEO: ZÉ TROVÃO CONVOCA CAMINHONEIROS 3izh
Vídeo: Redes Sociais
“Tenho um compromisso com os meus irmãos de estrada. Vou pedir para todos os caminhoneiros que não parem neste dia 20. Vamos esperar mais uma semana e na segunda-feira, dia 27, daí sim tomamos uma atitude. Vamos todos para frente das refinarias e aqueles que estiverem em Brasília vão para frente da Petrobras. Daí vamos fazer a paralisação acontecer. É dessa maneira que vamos alcançar o objetivo. De outra maneira não vai dar certo. Caminhoneiros, não parem em cima da pista e não parem a BR”, convocou Zé Trovão em vídeo.
O militante disse, ainda, que a categoria quer 25% de desconto no óleo diesel e 15% de desconto na gasolina e no álcool.
“Se isso não acontecer, vamos fazer uma coisa organizada semana que vem”, reforçou Zé Trovão.
Noblat lembrou que Michel Temer, ainda presidente da República, atrelou os preços dos combustíveis à variação do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Bolsonaro poderia desatrelar, mas não teria coragem para isso.

Indignação entre as categorias impactadas 506r6j
O presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, destacou que o grupo recebeu com “indignação a informação de nova alta dos combustíveis após 39 dias do último aumento”.
Além de criticar o atuação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro da economia, Paulo Guedes, Landim alertou para os riscos de falta de diesel e greve.
“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável. Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo o povo brasileiro”, complementa.
Já em nível estadual, a Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina) também, por meio de nota, demonstrou insatisfação com o aumento.
“A mudança gera enorme impacto negativo na prestação de serviços do Transporte Rodoviário de Cargas do País, responsável pela logística de mais de 60% de tudo o que se produz e consome no Brasil”, destaca a federação.
A federação alega que o aumento resultará em um reajuste de 5% a 9% nos fretes e orienta a revisão do conceito de política de preços da paridade internacional.