
Nomeado na última quarta-feira (30), os desafios do novo presidente do INSS vão desde recuperar a imagem da instituição à melhora na eficiência dos rees aos beneficiários. Para essa missão, o escolhido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi Gilberto Waller Júnior.
A indicação ocorreu após a Polícia Federal deflagrar uma operação que investiga corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social. O prejuízo estimado com o esquema montado na autarquia é de R$6,3 bilhões.
Quem é o novo presidente do INSS 2k4n63
Com carreira dedicada à fiscalização istrativa, o nome de Gilberto Waller ganhou força diante dos desafios do novo presidente do INSS. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, o indicado possui pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro.
Em 1998, Gilberto Waller ingressou no serviço público como procurador da autarquia. Desde então, atuou como corregedor-geral do INSS (2001–2004), subprocurador-geral (2007–2008) e ocupou posições de destaque na Controladoria-Geral da União (CGU).
Na escolha para atender os desafios do novo presidente do INSS, o governo optou por alguém com perfil técnico e conhecimento do funcionamento das instituições. Assim, as credenciais com foco no combate à corrupção ajudam o atual governo a reduzir a pressão política feita pela oposição, um dos desafios do novo presidente do INSS.
O anúncio de Gilberto Waller como chefe do INSS ocorreu no mesmo dia que a oposição protocolou um pedido de comissão parlamentar de inquérito (I) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude.
I do INSS ganha força na Câmara 351k3q
O autor do pedido da I, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), reforçou a necessidade de afastamento do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT). “Não dá para uma I investigar casos, muito deles políticos, com ministro fazendo seus acordos contra as investigações”, afirmou.
Além deste pedido, que conta com o apoio de 185, há outras 12 solicitações com s suficientes para serem analisadas na Câmara dos Deputados. Não estão em discussão ainda os desafios do novo presidente do INSS, que deve começar a sua gestão a partir desta sexta-feira (2).
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), concordou com o deputado Coronel Chrisóstomo. “Não é possível que não se tenha uma decisão enérgica do governo. É prova que é um governo analógico, lento”, declarou.
Apesar da disputa política ocorrer na Congresso Nacional, a mobilização coloca as ações do instituto sob os holofotes da mídia e da opinião pública. Assim, os desafios do novo presidente do INSS devem ser acompanhados de perto nos próximos meses.
Operação Sem Desconto 6t5f3a
A pressão sobre a previdência subiu após a PF deflagrar a Operação Sem Desconto, no dia 23 de abril de 2025. A ação em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) revelou o esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado de R$6,3 bilhões.
No mesmo dia, o presidente até então da autarquia, Alessandro Stefanutto, foi exonerado. Para o seu lugar, com a missão de aliviar a pressão sobre o governo como um dos desafios do novo presidente do INSS, foi anunciado Gilberto Waller.
Sindicato de irmão do Lula envolvido em fraudes bilionárias 6r1e6
A nomeação de Gilberto Waller Júnior ocorreu nesse contexto marcado por investigações da Polícia Federal, o que gerou mais desafios para o novo presidente do INSS.
Nesta quinta-feira (1º), detalhes da investigação revelam que diversos sindicatos, inclusive o do irmão do presidente Lula, não seguiram regras de segurança para realizar os descontos em aposentadorias e pensões.

De acordo com um ofício da Dataprev, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), que tem como vice-presidente o irmão do presidente Lula, não havia validado a biometria facial dos beneficiários. Esse mecanismo aumenta a segurança para evitar fraudes no sistema, um dos desafios do novo presidente do INSS.
A validação biométrica é reconhecida como exigência de segurança para realizar os descontos desde 2024. No entanto, para facilitar a adaptação dessas entidades às novas regras, a direção do INSS criou uma brecha que permitiu a inclusão de novos descontos associativos a partir de junho de 2024, mesmo sem a validação completa.
Foi assim que o Sindinapi atuou fora dos critérios estabelecidos por cerca de um ano. A padronização das regras e a transparência nos acordos serão desafios para o novo presidente do INSS.
No modelo previdenciário brasileiro, os sindicatos e associações, quando autorizados, podem realizar descontos diretamente das contas de aposentados e pensionistas. No entanto, as investigações revelaram que muitos beneficiários não haviam autorizado os débitos.
Diante da gravidade do caso, o Ministério da Previdência iniciou uma revisão de mais de 17 mil convênios firmados com associações e sindicatos. Portanto, entre os desafios do novo presidente do INSS, está melhorar a opinião pública da autarquia por meio de ações que garantam a segurança do sistema. A expectativa é que, sob nova istração, haja rigor na análise desses acordos.
Governo Lula acusa gestão anterior 1q6n2b
O governo Lula, que agiu rapidamente ao exonerar Alessandro Stefanutto, sofre pressão para demitir também o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Apesar da pressão, o governo do PT ainda não pretende exonerar o ministro Carlos Lupi. Por enquanto, as investigações não demonstraram participação direta do presidente licenciado do PDT no esquema de descontos indevidos no INSS. O partido faz parte da base de apoio do governo Lula.
Um dos argumentos para defender a manutenção de Lupi é que o problema é anterior ao mandato deste governo. Como autarquia subordinada à pasta ocupada por Carlos Lupi, será um dos desafios do novo presidente do INSS não deixar a política contaminar normas técnicas. Um dos líderes do governo no Congresso, o senador Humberto Costa (PT-PE), responsabilizou a gestão ada pela fraude no INSS.
“Bolsonaro sancionou uma lei que determinava a análise e revalidação desses descontos somente a partir de 31 de dezembro de 2021. Ou seja, seriam três anos sem qualquer auditagem. Quando se chegou ao final deste período, ele sancionou outra lei, que prorrogava a autorização dos descontos até o último dia do seu governo, 31 de dezembro de 2022. Isso, na prática, significava uma ordem legal para ninguém mexer ou fiscalizar esses descontos ou se os aposentados e pensionistas do INSS autorizavam ou não a retirada de recursos em folha”, afirmou Humberto Costa em plenário, nesta quarta-feira (30).

Assim, o PT tenta blindar Gilberto Waller para que ele possa trabalhar nos desafios do novo presidente do INSS. Além de ser um nome sem trajetória política, a formação técnica e a carreira como servidor público contribuem para a expectativa de que os desafios do novo presidente do INSS serão cumpridos.
Em abril, após a repercussão da Operação Sem Desconto, o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), afirmou em entrevista que o ministério da Previdência “só traz ônus”. Entidades do setor, como o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência de São Paulo (SINSSP), manifestaram-se contra as declarações de Heringer.
“O posicionamento do líder do PDT desrespeita a importância do INSS que é o maior distribuidor de renda do Brasil e da América Latina, que cumpre um papel muito relevante para a sociedade, sendo responsável por fomentar cerca de 60% das economias locais com o pagamento de benefícios”, afirma nota da entidade.
Desafios do novo presidente do INSS 6d6141
Entre os principais desafios do novo presidente do INSS estão a revisão dos convênios com entidades externas, a implantação de regras mais claras para descontos autorizados em folha e o fortalecimento dos canais de denúncia. Outra responsabilidade entre os desafios do novo presidente do INSS é estruturar um modelo de reparação para os segurados prejudicados pelos descontos indevidos.
A gestão de Gilberto Waller Júnior será responsável ainda por tentar modernizar os sistemas do INSS e melhorar o atendimento ao público. Este é um dos desafios do novo presidente do INSS mais antigos, visto que reclamações sobre filas, demora na concessão de benefícios e falhas operacionais são relatadas pelos beneficiários há anos.