‘Vou ser um problema, preso ou morto’, diz Bolsonaro durante ato por anistia aos presos no 8/1 1a7137

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou neste domingo, dia 16, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que, mesmo “preso ou morto”, continuará sendo um “problema” para o STF (Supremo Tribunal Federal). Políticos e apoiadores se reuniram na manhã de hoje pedindo anistia aos presos no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

O ex-presidente foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) como “líder” de um suposto plano para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Bolsonaro também afirmou que as penas aplicadas pelo STF aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro serviriam para justificar uma eventual condenação de 28 anos de prisão contra ele.

“O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, declarou.

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Segundo Bolsonaro, a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem votos suficientes para aprovar o projeto de anistia. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o tema deve ser discutido ainda este mês.

Durante o discurso para apoiadores, Bolsonaro afirmou que já possui apoio suficiente para aprovar a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

“Eu estava nos Estados Unidos no dia do vandalismo em Brasília. Se eu estivesse aqui, estaria preso até hoje ou talvez morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo”, disse Bolsonaro.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse também que pedirá urgência na tramitação do projeto que prevê o perdão aos condenados pelos atos do 8 de janeiro.

“Estou assumindo compromisso com vocês. Nesta semana, na reunião do colégio de líderes, vamos apresentar o pedido com o apoio de 92 deputados do PL e de outros partidos, para que o projeto entre na pauta já na próxima semana”, afirmou Tarcísio.