Burocracia terá novo limite entre necessidade e exagero 6c6v5t

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Avanços da informatização ajudam a construir novo modelo para uma gestão pública mais dinâmica, sem deixar de respeitar a lei e os órgãos de controle

Dada a evolução tecnológica que é – e será cada vez mais notória dentro da gestão pública -, a digitalização pode ajudar a desburocratizar os processos. Mas, como ficar atento aos cuidados para não ultraar os limites e dar margem para erros?

“Nas atividades que envolvem a governança, todos devem prestar contas aos cidadãos. É necessário que o balizador seja o plano de governo, com prestações de contas mensais, trimestrais ou semestrais. Não somente em época de eleição”, explica o professor de istração e analista de gestão e política da UnoChapecó, Givanildo Silva.

Processo entregue à Assembleia Legislativa ainda mostra que o uso de papel e a tramitação por meio físico ainda existe, mesmo que em declínio – Foto: Divulgação/AlescProcesso entregue à Assembleia Legislativa ainda mostra que o uso de papel e a tramitação por meio físico ainda existe, mesmo que em declínio – Foto: Divulgação/Alesc

“Neste pilar entra o governo digital, que visa reduzir o quadro de servidores. Não chamar novos servidores de concursos para as vagas abertas pelos servidores aposentados. Também, transformar os processos istrativos em processos digitais e desburocratizar a máquina pública”, completa.

Nesses casos, a transparência pode ser a palavra-chave.

“O futuro é de uma gestão mais transparente, com mecanismos de interação permanente com a sociedade, munida de grande quantidade de informações sobre os diferentes temas”, diz o professor da UFSC, Julian Borba.

O investimento em capacitação é fundamental. Algumas questões precisam mesmo mudar, mas estamos vendo que muitas coisas podem ser feitas pela digitalização.

“Uma das coisas que eu acho que precisa, dentro da digitalização, é o treinamento. As pessoas ainda têm um certo ‘medo’ da tecnologia. Ou que ela vai tirar lugares das pessoas ou que não vão saber utilizar a ferramenta”, disse a professora da Univali, Vanderléia Lohn. “Boas ferramentas podem proporcionar melhor qualidade e maior agilidade no atendimento ao cidadão”, completou.

Compra unificada é exemplo estratégico 2g5c13

A burocracia faz parte da natureza pública e é parte importante do processo. No entanto, existem caminhos para ter mais eficiência.

“Os governos são engessados por natureza, os funcionários públicos precisam cumprir as legislações e não podem executar o que não estiver expressamente previsto em lei”, contextualiza o professor Givanildo Silva.

Pesquisas mostraram que os governos mais eficientes são aqueles que contrataram inovações por meio de suas compras.

Países desenvolvidos da Europa e os EUA mostram que é mais efetivo os governos contratarem as inovações da iniciativa privada, por meio de licitações bem elaboradas pela equipe de gestão de topo.

Um exemplo: “unir as compras anuais de combustíveis de todas as secretarias em um único pregão, constando na licitação que a empresa vencedora deveria implementar um sistema de controle de frota com gestão online por meio de cartões digitais para cada carro e cada motorista, que disponibilize os relatórios de rotas dos veículos, os consumos, as revisões por quilometragem, entre outros”, mostra Silva.

Capacitar o funcionalismo como parte do processo 6b5d52

A digitalização vai dar mais dinâmica e celeridade nos processos. Com isso, é possível prever que todo o aprimoramento tecnológico dará uma nova cara e dinâmica aos processos burocráticos. Mas, cabe aos profissionais se prepararem para isso.

“É impossível não usar a internet, os bancos de dados, muito pelo contrário. Acredito que, no futuro, vamos ter outras tecnologias. Um grande encaminhamento neste sentido é saber que tipo de tecnologia podemos implementar no setor, para as pessoas que estão ali trabalhando, principalmente”, afirma a professora Vanderléia Lohn.

A partir dessa definição, capacitar os servidores para o uso das ferramentas.

“A pandemia trouxe muitos impactos negativos, mas também trouxe visões e oportunidades, principalmente de qualificação para o uso de ferramentas que antes muitos não sabiam usar”, completa a professora.

Comparação inevitável com o setor privado 4m2k1l

Com o avanço das tecnologias digitais, as organizações podem repensar sua maneira de organizar os fluxos de informação e de trabalho. Por meio da automação de processos e da aplicação de inteligência artificial, o governo pode buscar maneiras de conferir maior eficiência, produtividade e qualidade aos processos de trabalho, acompanhada por redução de custos.

“Além disso, temos o aumento da pressão da sociedade por melhoria dos serviços. Quando olhamos para as experiências de o a serviços ou informações junto a outros segmentos, é natural que queiramos o mesmo nível de agilidade e qualidade quando nos relacionamos com o governo”, afirma o professor Denilson Sell.

As organizações públicas devem repensar suas estratégias de produção de serviços e de políticas públicas à luz das demandas dos cidadãos. “Tal como compramos bens por meio de sites de comércio eletrônico sem tomar conhecimento das várias empresas envolvidas em cada aspecto das transações, não deveríamos precisar estudar a máquina burocrática do governo para demandar um serviço”, compara Sell.

“Às vezes tem uma crítica, que não concordo, de que o setor público seja burocrático, que não usa tecnologia, e eu acredito usa sim, e está indo por esse caminho”, completa a professora Vanderléia Lohn.

Ações federais 661j61

Racionalizar e modernizar a máquina istrativa estão em andamento

  • Abertura do capital estrangeiro para as companhias aéreas
  • Abertura do mercado de gás
  • Abertura do mercado de refino de petróleo
  • Acordo entre União e Estados para Lei Kandir
  • Aprimoramento da Lei de Informática
  • Autonomia do Banco Central
  • Cadastro Positivo sancionado
  • Cessão onerosa para leilão do pré-sal
  • Combate à alta de preços
  • F como chave única para localizar informações dos cidadãos
  • Dados abertos da Dívida Ativa da União e do FGTS
  • Estratégia Nacional de Qualificação para a Produtividade e o Emprego
  • Flexibilização de saques do FGTS e PIS/Pasep
  • Imposto de importação zero para equipamentos industriais
  • Inclusão dos motoristas de aplicativo no Regime Geral de Previdência Social
  • Incremento de recursos financeiros para procedimentos eletivos no SUS
  • Livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia
  • Nova Lei das Agências Reguladoras
  • Novo Marco do Saneamento Básico e Marco das Startups
  • Pagamento de tributos federais por instituições de pagamento
  • PECs Emergencial, dos Fundos e do Pacto Federativo
  • Plano Nacional de Investimentos
  • Programa de Melhoria Contínua da Competitividade
  • Programa de Parcerias de Investimentos
  • Programa de Privatização das Companhias Estaduais de Energia Elétrica
  • Recuperação energética de resíduos sólidos urbano
  • Redução do prazo de registro de marcas e patentes no exterior
  • Redução no número de estatais
  • Regulamentação da Lei de Liberdade Econômica
  • Regularização fundiária urbana em áreas de domínio da União
  • Simplificação da autorização de funcionamento de empresas estrangeiras
  • Venda virtual de imóveis da União