A comitiva formada por deputados federais da Cindre (Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados) encerrou a visita técnica aos municípios atingidos pelas enchentes no Alto Vale em uma coletiva de imprensa, realizada em Blumenau.

O grupo avalia a situação enfrentada pelas cidades que foram fortemente afetadas pelas fortes chuvas no começo do mês de outubro.
A coletiva aconteceu por volta das 13h e além dos deputados, também reuniu representantes da Defesa Civil. Os estragos e prejuízos causados nas cidades serão reunidos em um relatório e encaminhados ao governo federal.
Antes de se reunir em Blumenau, a comitiva se reuniu com as prefeituras dos municípios do Alto Vale prejudicados pelas cheias – Vídeo: Câmara dos Deputados/Divulgação/ND
Estragos causados pelas chuvas 4r333v
O deputado federal Nelsinho Padovani (União-PR), presidente da Cindre, falou sobre a visita aos municípios de Taió, Rio do Sul e também à Barragem de José Boiteux, a maior em contenção de cheias do Estado.
Antes de se reunir em Blumenau, a comitiva se reuniu com as prefeituras dos municípios do Alto Vale prejudicados pelas cheias – Vídeo: Câmara dos Deputados/Divulgação/ND
A comissão trabalha em um relatório com todas as informações junto à Defesa Civil sobre os estragos registrados nas cidades.
“Nós queremos em 15 dias fazer o relatório, mas o cadastro junto ao ministério tem que ser feito antes, para que nós tenhamos a liberação do fundo de garantia para as pessoas atingidas, para que tenhamos através desse decreto homologado no ministério, a possibilidade de prorrogar suas dívidas por 12 meses”.
O deputado destacou que a Cindre pretende conseguir parcelas de salário mínimo para as indústrias atingidas, para que o governo federal possa bancar até dois salários mínimos para cada trabalhador.
“Muitos comerciantes perderam todo o seu estoque, estão com a empresa fechada e o que nós não podemos aceitar agora e temos que lutar é contra as demissões em massa em todas as cidades, nas pequenas, nas médias e grandes”, enfatizou.
O prejuízo nas áreas rurais também foi abordado durante a coletiva. Padovani enfatizou a calamidade enfrentada principalmente no plantio de fumo e bacia do leite.
“A nossa função agora é de rescaldo social e financeiro, o que podemos fazer para melhorar, consertar e prevenir”, disse.
Visita a5o43
A visita tende uma solicitação da deputada federal Daniela Reinehr (PL-SC), parlamentar titular da comissão, através do requerimento 16/2023. Além de Padovani, também esteve presente na comitiva o Cabo Gilberto (PL-PB).
Na quarta-feira (18), o grupo se reuniu na sede da Defesa Civil do Estado, na Capital e já na manhã desta quinta-feira (19), cumpriu agenda nas prefeituras de Rio do Sul e de Taió, no Alto Vale.
“O importante, que eu quero destacar, é que levei para o presidente da comissão a necessidade dessa visita, baseado até no que aconteceu em 2018 e 2008 também, e a necessidade da gente ter uma infraestrutura adequada, obras estruturantes para resolver esse problema indefinitivo”, explicou Daniela.
De acordo com a deputada, o pedido foi feito ainda em agosto, devido ao histórico de enchentes na região, a fim de buscar soluções futuras que sejam definitivas também.
“A gente adiantou essa visita por estarmos vivendo esse momento novamente e o objetivo disso é justamente atualizar esses dados, ver in loco o que está acontecendo para a gente levar em Brasília, para o presidente da comissão colocar em seu relatório, porque a comissão é uma porta muito importante para a gente conseguir ar o próximo orçamento e conseguir medidas provisórias junto ao governo federal e aos órgãos que podem nos ajudar nesse momento”.
Em Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt também relatou a importância de retomar o projeto Jica, realizado pela Agência Japonesa há mais de 10 anos.
Nele, os técnicos e especialistas que visitaram a região do Vale do Itajaí apontam a necessidade da construção de pelo menos 14 mini barragens de contenção de cheias na região.
“Essas soluções são construções de novas barragens ou diques e também na melhoria da fluidez das águas do rio Itajaí-Açu. Esses investimentos vão trazer condições de realizar essas ações e com isso proteger primeiro a vida do nosso cidadão, em segundo, dar condição de que ele possa proteger seu patrimônio e terceiro, dar condição a nossa produtividade, que é fundamental para que esse processo possa acontecer”.