A ex-apresentadora da NDTV Record em Itajaí, Christina Ramires, que mora em Londres atualmente, contou um pouco como está a rotina na terra da rainha antes e depois do anúncio da morte de Elizabeth II nesta quinta-feira (8).
Pela manhã, apesar do anúncio de que a rainha estaria em observação médica, o clima era de tranquilidade, na expectativa de que vossa majestade logo ficasse bem novamente. “Por enquanto tudo está na esperança de que ela fique bem”, contou Christina pela manhã.

No entanto, poucas horas depois com a confirmação de que a Rainha Elizabeth II havia realmente morrido, o clima de forte comoção se instalou mundo afora, principalmente no Reino Unido. “As pessoas estão comovidas, mas não tem nada programado ainda pois seria uma incoerência deixar as coisas programadas e logo após ela morrer estar tudo pronto, como se estivessem esperando ela morrer”, comenta Ramires.
Após o período de comoção inicial, os ritos e tradições que envolvem a morte de um monarca começam a ser planejados e anunciados. A mais longínqua rainha do Reino Unido, que foi soberana por 70 anos, era irada e amada pelos súditos que a viam como uma pessoa humilde.
“Ela foi uma rainha muito humilde. Humildade é a palavra que resume o reinado dela, ela assinava as cartas como uma serva da população”, conta Ramires. As casas oficiais da rainha também já estão cheias de pessoas prestando homenagens.
Ritos após a morte da rainha 5h48b
O Reino Unido já tem planos há anos que determinam o protocolo sobre o que acontece nos próximos dez dias após a morte da rainha Elizabeth II. O roteiro do chamado “London Bridge” detalha cada uma das ações, que incluem três dias de visitas ao caixão de Elizabeth.
O jornal inglês “The Guardian” publicou alguns trechos do que seria o plano. O planejamento pode ter mudanças porque foi revisto duas a três vezes por ano pelo Exército, polícia e funcionários do governo.
“Os olhos dela serão fechados e [o príncipe] Charles será rei. Os irmãos dele vão beijar as mãos dele. O primeiro funcionário a lidar com a notícia será o Sir Christopher Geidt, secretário particular da rainha e ex-diplomata que recebeu um segundo título de cavaleiro em 2014”, apontou o jornal inglês.
Depois disso, a pessoa que ocupar o cargo de primeiro ministro, que atualmente é Liz Truss, deve ser notificada sobre o falecimento.
Os funcionários da realeza precisam conversar sobre a morte da rainha de maneira discreta. Para isso o código usado será “A Ponte de Londres caiu” para se referir à morte de Elizabeth.
O corpo da rainha ficará no Palácio de Westminster por três dias a partir do “D+6” recebendo visitas. Para visitá-la será preciso comprar um ingresso.