Denunciado por colega, vereador mais votado de SC será investigado por Comissão de Ética 4l4i1s

A denúncia foi acolhida pela maioria dos parlamentares na Câmara de Vereadores de ville; William Tonezi (PL) alega perseguição politica 2c5q52

A vereadora Vanessa da Rosa (PT) apresentou uma denúncia contra o vereador William Tonezi (PL), o mais votado das últimas eleições em Santa Catarina, por falta de decoro parlamentar (normas e princípios que orientam o comportamento) contra as mulheres da CVJ (Câmara de Vereadores de ville). A denúncia foi acolhida pela maioria dos vereadores presentes na sessão ordinária dessa segunda-feira (24) e agora segue para avaliação da Comissão de Ética.

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Vereador mais votado de SC entra na mira da Comissão de ÉticaNo total, 10 vereadores votaram a favor, dois foram contra e quatro optaram pela abstenção – Foto: CVJ/Reprodução/ND

Na denúncia apresentada, a vereadora apontou a conduta do vereador como inadequada e formalizou a acusação “pelo descumprimento das normas relativas a ética e o decoro parlamentar, bem como resguardar o direito das mulheres vítimas de violência política de gênero perpetrada pelo denunciado”.

A denuncia também cita que o vereador descumpre a lei 14192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, nos espaços e atividades relacionados ao exercício de seus direitos políticos e de suas funções públicas.

Embate político ou falta de decoro? O que dizem os vereadores 1a40h

Para William Tonezi, a denúncia é uma perseguição política a ele. “Caro cidadão catarinense hoje a perseguição política chegou a CVJ, estamos vivendo um momento triste da política brasileira, onde a todo custo o Partido dos Trabalhadores quer calar a voz dos representantes conservadores”, diz Tonezi em vídeo.

Tonezi também citou o livro da deputada Ana Campagnolo (PL): “dizer que o feminismo solapou a democracia, não é exagero”. Além disso, ele afirmou, ainda do livro, que “os políticos temem a se posicionar, uma ansiedade ronda o parlamento. Ninguém mais sabe quando será acusado do que e poucos políticos tem como se defender de toda sorte de difamação e do julgamento precipitado da mídia e do tribunal da internet”.

A vereadora Vanessa, por sua vez, declarou que a denúncia não diz respeito sobre o posicionamento político do vereador. “Ninguém aqui é obrigado a concordar com a ideia do outro, mas o respeito precisa imperar”, declarou a vereadora em sua fala na sessão desta segunda-feira (24), na CVJ.

No documento, a vereadora Vanessa cita vezes que Tonezi teria feito falas com intuito de constranger e silenciar as vereadoras.

O documento expõe que na sessão do dia 24 de fevereiro, as vereadoras Liliane da Frada (Podemos) e Vanessa da Rosa falaram sobre os 93 anos da conquista do voto feminino. Após isso, “o vereador William Tonezi usou a palavra para contestar a questão do sufrágio feminino e afirmou “sempre que vierem fazer falácias feministas nesse plenário serão rebatidas'”, cita o documento.

A denúncia também cita uma fala da vereadora Vanessa Falk (Novo) de 26 de fevereiro. Na data, ela “afirmou que o vereador William Tonezi deveria aprender a respeitar as mulheres, denunciando que ele constantemente grita com as vereadoras e manda que fiquem quietas”, cita o documento.

A vereadora Vanessa da Rosa, reforça que a denuncia protocolada é sobre violência política de gênero, sobre o cerceamento do direito das mulheres de estarem no mandato e defenderem suas pautas. “Na denúncia não se pede cassação, se pede advertência, se pede suspensão ou até desconto no salário se for necessário afastar (o vereador) do mandato”, explica.

Votação 2h395m

A denúncia foi submetida a votação e 10 vereadores votaram a favor: Adilson Girardi (MDB), Alisson (Novo), Érico Vinicius (Novo), Henrique Deckmann (MDB), Kiko da Luz (PSD), Liliane da Frada (Podemos), Neto Petters (Novo), Pelé (MDB), Tânia Larson (União), Vanessa Falk (Novo).

Dois votaram contra: Cleiton Profeta (PL), Instrutor Lucas (PL). Quatro optaram pela abstenção: Brandel Junior (PL), Lucas Souza (Republicamos), Mateus Batista (União), Pastor Ascendino Batista (PSD).

Três não puderam votar: Diego Machado (PSD), por ser presidente da câmara, Vanessa da Rosa (PT), por ser a denunciante e Willian Tonezi (PL), por ser o denunciado.

Agora, o pedido segue para investigação do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de ville, no qual o vereador William Tonezi também faz parte. Por ser citado na denúncia ele não poderá se manifestar, nesse caso será necessário escolher alguém para substituí-lo. Depois disso o conselho fará a primeira reunião para analisar a denúncia.

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