Presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da Alesp espera mudança com exoneração do secretário de Barueri – Foto: Rodrigo Romeo/Alesp/ND“É um o importante”, define a deputada estadual Andréa Werner (PSB) sobre a exoneração do secretário de Barueri da Educação, Celso Furlan, nesta sexta-feira (16), após o vazamento de áudio em que ele fala de forma preconceituosa sobre alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com deficiência.
Ao se reunir com diretores da rede municipal na terça-feira (13), o então secretário reclamou da quantidade de alunos que necessitam de e e utilizou termos preconceituosos, como “problema de autismo”, e se referiu a um aluno cadeirante como “todinho torto”. No áudio vazado, ele ainda acusa mães de colocarem os filhos com deficiência na escola para se livrar deles.
Secretário de Barueri da Educação, Celso Furlan, tem falas capacitistas vazadas – Foto: Reprodução/Facebook“Um aluno com problema de autismo significa 20 alunos normais. Não que eu queira descartar, mas nós temos a Casa dos Autistas, que fica em outra secretária, a do deficiente, mas as mães não estão preocupadas com isso. Elas querem se livrar do filho e que nós cuidamos dele. Não é certo”, disse Celso Furlan aos profissionais da educação.
Exoneração do secretário de Barueri 676a9
Para a deputada, que preside a Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência, na Assembleia Legislativa (Alesp), a exoneração do secretário de Barueri é um primeiro o, “embora as ideias dele já tenham sido propagadas em uma reunião com gestores de toda a rede municipal.”
“Queremos agora que a prefeitura de Barueri mostre na prática que não apenas tira um secretário após intensa pressão social, mas promove inclusão, de fato, para alunos com deficiência e trata com respeito as famílias atípicas”, comenta André Werner, após exoneração do secretário de Barueri.
No dia anterior a exoneração do secretário de Barueri, André Werner enviou ofício para o prefeito Beto Piteri (Republicanos) cobrando explicações sobre a situação da cidade em relação à educação especial, e ao Ministério Público (MPSP) pedindo investigação por incitar discriminação de pessoa em razão de deficiência, “caracterizando ato deimprobidade.”
A parlamentar espera que a repercussão do caso promova mudança na forma de atuação dos gestores públicos na educação inclusiva.
“Esse é um o importante, também, para que outros prefeitos e secretários entendam que, além do cuidado com o que falam, precisam também é mudar atitudes”, finaliza.
Na nota oficial em que confirmou a exoneração do secretário de Barueri, a prefeitura afirmou ter “politica séria, ética e inclusiva voltada aos cuidados da pessoa com deficiência, seus familiares e cuidadores em nossa cidade.”
O texto confirma a exoneração do secretário de Barueri, mas também defende o trabalho de Celso Furlan, ao dizer que ele foi responsável por levar “o ensino de Barueri a ser premiado e a atingir um nível de excelência reconhecido em todo o País.”
