Um movimento iniciado a partir da destituição da presidente da Juventude Progressista tornou-se um abaixo-assinado endossado por algumas da principais lideranças do Progressistas (PP-SC) por mudanças no comando estadual do partido. Até esta terça-feira, 445 filiados haviam assinado o abaixo assinado.

Integram a lista que pede a realização de uma convenção estadual para definição de uma nova direção do partido os três deputados estaduais da legenda – Altair Silva, Pepê Collaço e Zé Milton Scheffer -, 11 prefeitos, 12 vice-prefeitos e 46 vereadores do PP-SC.
Pela primeira vez em sua história, o PP catarinense está sob comando de comissão provisória, avalizada pela executiva nacional do partido desde 2023. Os dissidentes questionam o comando do presidente estadual e ex-deputado federal Leodegar Tiskoski e do secretário-geral Aldo Rosa.
As manifestações ganharam corpo a partir de mudanças na coordenação da juventude do PP de Santa Catarina, com a decisão da executiva estadual de substituir Jayana Nicaretta por Vinicius Ventura.
O abaixo-assinado pede a realização da convenção estadual do partido. Aponta que “este evento é de fundamental importância para o fortalecimento da estrutura partidária do Estado”. Pede, ainda, que a convenção “ocorra de forma transparente, ampla e participativa, garantindo espaço para a representatividade de todas as regiões do Estado e de todos os segmentos da sociedade que compõem o nosso partido”.
Direção do PP-SC diz que convenção será “instrumento de união” 2n6g3e
Em resposta ao abaixo-assinado, a comissão provisória do PP-SC enviou uma nota aos filiados, ressaltando que “a convenção será realizada no momento em que houver disposição clara para que ela seja um instrumento de união e fortalecimento partidário”.
No texto é clara a disposição de evitar a disputa entre grupos internos da legenda. De acordo com a nota, “ao longo de sua história, o partido escolheu o caminho do diálogo e da construção conjunta, evitando divisões e fortalecendo a coesão interna”.