O plano do deputado federal João Rodrigues (PSD) foi frustrado pela Polícia Federal e ele foi preso na manhã desta quinta-feira (8). O parlamentar catarinense, condenado a cinco anos e três meses pelo STF (Supremo Tribunal Federal), realmente estava nos Estados Unidos. Conforme publicamos nessa quarta-feira, havia divergência sobre seu paradeiro. Era uma estratégia para despistar a imprensa e, talvez, a polícia.
Ele tinha agem comprada para Guarulhos (SP), nesta sexta-feira. Na terça-feira, mesmo dia em que teve a condenação confirmada, cancelou a agem e comprou bilhetes para desembarcar em Assunção, no Paraguai. Dali, partiria de carro para Chapecó, onde pretendia se entregar. O objetivo, segundo ele, era não constranger a família, que estava com ele na viagem de férias a Orlando, na Flórida.
No entanto, toda a movimentação de Rodrigues foi monitorada pela Polícia Federal. Havia a informação, segundo a PF, de que, na verdade, ele pretendia ar quatro dias no Paraguai. Seria tempo suficiente para que a pena prescrevesse, na próxima segunda-feira, dia 12. Com base nesses detalhes, a Polícia Federal pediu e o STF autorizou, por meio do ministro Alexandre de Morais, que o nome de Rodrigues fosse incluído na lista vermelha da Interpol.
Ao desembarcar no Paraguai, abordado pela PF, Rodrigues se entregou. Foi levado a São Paulo, onde a prisão foi efetivada. O deputado catarinense será levado à Superintendência da PF em Brasília.
A prisão, por enquanto, tira João Rodrigues do exercício do mandato de deputado federal e das eleições de 2018, em que pretendia fazer avançar uma candidatura ao governo do Estado.
Rodrigues postou um vídeo nas redes sociais, assista a seguir.