
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) itiu, em entrevista publicada nesta sexta-feira (30) pela revista Veja, que pode disputar a Presidência da República em 2026, caso essa seja a “missão” dada por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível por decisão do TSE.
“Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive, meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz. Mas eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser um candidato mesmo deveria ser o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera nas pesquisas”, disse Eduardo Bolsonaro.
Eduardo também comentou sobre a especulação em torno de uma eventual candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo ele, Michelle tem “rejeição muito baixa” e um discurso que ressoa com o público evangélico e feminino, mas reforçou que a decisão final será do ex-presidente.
Eduardo Bolsonaro presidente? Jair quem decide, diz filho 2f132y
“É o Jair Bolsonaro, na verdade, quem vai decidir. Acho que vai ser difícil tirar a possibilidade dele (Bolsonaro) concorrer. Mais uma vez, acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel para a gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato”, disse.
Ataques ao STF e atuação nos EUA y6y66
Investigado por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) por supostos crimes como coação no curso do processo penal e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, Eduardo Bolsonaro voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, a quem classificou como “tirano”.
“O Brasil deveria ter tido a decência de conseguir parar o Alexandre de Moraes. Não aconteceu. Por isso, tivemos que recorrer aqui às autoridades americanas. Vamos dar assim o primeiro o para resgatar a democracia brasileira. O STF hoje derruba aquilo que foi aprovado pelo Congresso. Não é uma democracia saudável”, afirmou.

Segundo ele, há esforços para que o governo americano sancione Moraes com base em denúncias de violações de direitos humanos. Eduardo se licenciou do cargo em março e se mudou para os EUA, alegando perseguição e medo de ter seu aporte apreendido.
“A gente aqui nos Estados Unidos vai fazer de tudo possível para acionar as alavancas do governo para que as autoridades americanas, se assim entenderem, sancionem ao máximo o Moraes e as pessoas financeiramente ligadas a ele”, afirmou na entrevista.
As declarações vêm em meio a movimentos no exterior que podem impactar o cenário político brasileiro. Na semana ada, o senador americano Marco Rubio afirmou que há “grande possibilidade” de o ministro Moraes ser alvo de sanções com base na Lei Global Magnitsky.

Nesta quarta-feira (28), Rubio também anunciou que os EUA irão restringir vistos de pessoas envolvidas em censura contra cidadãos americanos, citando a América Latina entre os exemplos.
Embora não tenha mencionado diretamente Moraes, o gesto foi interpretado como mais um sinal de pressão internacional.