
Está em discussão no Brasil, um plano de gestão para o setor pesqueiro. A ação prevê a manutenção de espécies ameaçadas. A deputada estadual Paulinha (Podemos), tenta manter a pesca corvina sem prejuízos aos pescadores.
A corvina já está prevista na lista de preservação desde março, mas o documento ainda não se tornou oficial. O peixe entra na lista de vulnerabilidade. A inclusão da espécie e para evitar que o patamar suba para o risco de extinção por conta de uma pesca de corvina descontrolada.
A parlamentar se reuniu com o ministro da pesca André de Paula, com objetivo de sensibilizar o governo a evitar perdas para a categoria. A deputada defende que o setor é fonte de economia importante para o estado.
O fator que preocupa é que a categoria aprovou um plano de gestão, que teria um período de defeso e controle da espécie, só que órgãos ambientais defendem um plano de recuperação, que suspenderia a captura, sem prazo para a retomada da pesca da corvina.
Na tarde desta quarta-feira (23), Paulinha pretende se reunir com a ministra do meio ambiente, Marina Silva. O objetivo é expandir as discussões com o Ibama, permitindo que a corvina seja preservada, incluindo a reprodução da espécie.
A deputada destaca ainda que o Ibama teria interesse em apresentar uma proposta inviável para a categoria, suprimindo o plano já aprovado. Por isso, o prazo é curto e o setor teria até 19 de maio para contrapor a medida alternativa prevista.

Setor discute pesca da corvina 6j311u
O Sindipi (Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região), já alerta sobre os riscos à espécie desde 2022, mas o governo não se manifestou antes. Segundo a entidade, o impacto com a implantação de um período de defeso ainda é desconhecido.
Segundo dados do sindicato, somente em 2023, a pesca da corvina resultou em mais de 17 mil toneladas do pescado capturadas no Litoral Norte, partindo de Itajaí, que é o maior polo pesqueiro do Brasil.
A deputada Paulinha disse ainda que os pescadores não querem atuar na ilegalidade, em especial por se tratar de quase 200 embarcações que trabalham na região e que um flagrante de pesca ilegal, mesmo sem consentimento poderia gerar multas superiores a R$ 1 milhão.