Um dos políticos mais bem avaliados do país, Ronaldo Caiado (União Brasil) está no segundo mandato como governador de Goiás e veio a Santa Catarina sexta-feira (7) para uma palestra sobre equilíbrio fiscal a convite da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina).
Numa plateia repleta de empresários, Caiado disse que tem Santa Catarina como referência desde 1989, quando foi candidato à presidência. “Melhor IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], o que melhor desenvolvia as potencialidades de cada uma das regiões e era o único no país onde a concentração de médicos era menor na Capital do que no interior. Sempre foi um Estado de pessoas com espírito público e sempre se preocuparam em avançar em programas ousados”, declarou Caiado.

Questionado sobre o que fez para arrumar o Estado de Goiás, o governador ponderou que, normalmente, os gestores sabem as medidas que precisam adotar, mas governadores quando assumem mandatos ficam receosos com possíveis desgastes ou perda de musculatura política.
“Quando assumi o Estado, priorizei uma reforma da previdência, mais ampla que a do governo federal. Avancei com uma reforma istrativa extensa, avancei na redistribuição dos incentivos fiscais para não deixar de atender regiões mais carentes, nem deixar concentrações em outras”, afirmou o governador.

Caiado disse, ainda, que o Estado estava duramente comprometido, com alto nível de criminalidade, com quatro cidades entre as dez mais violentas do país. “Tive que priorizar a segurança pública e o reflexo foi rápido. O empresário sentiu confiança e as coisas aconteceram. Também resgatamos a educação e, como médico, a interiorização da saúde, porque só tinha na Capital. E, para alegria nossa, temos hoje o menor percentual na extrema pobreza no país”, comentou.
Segundo ele, a virada foi possível porque governa com espírito público e com respeito ao dinheiro público e que esta é a fórmula para tirar um Estado de uma situação de crise. “Goiás é um Estado rico, que vivia em páginas policiais, sem quitar seus compromissos junto ao Tesouro de empréstimos. Saí de um caixa de R$ 6 bilhões em dívidas, chego ao fim de 2023 com mais de R$ 12 bilhões em caixa. Mas além de falar, venho também colher experiências de um Estado que, para mim, sempre foi referência”, afirmou Caiado.
Governador de Goiás e Jorginho Mello 25e2u
O governador catarinense, Jorginho Mello (PL), disse que foi ao evento para receber um amigo, com quem foi deputado federal e senador. “É um bom governador. Nossa relação é muito boa e vim aqui recebê-lo para dizer que Santa Catarina recebe ele de braços abertos”, comentou Jorginho. Questionado sobre o que Caiado poderia ensinar aos catarinenses, rebateu: “Acho que Goiás pode aprender com a gente, com o nosso exemplo, o ajuste fiscal que fizemos, a economia de R$ 1 bilhão em contas públicas. Com todo respeito, somos exemplos para o Brasil”, declarou Jorginho.
Já o presidente da Fiesc, Mario Aguiar, disse que Caiado foi chamado para a palestra porque é político com experiência no Parlamento e, como governador, está fazendo uma gestão muito profícua. “Vem trazer sua experiência e falar daquilo que defendemos, como redução da carga tributária, diminuição do tamanho do Estado, criação de ambiente favorável ao desenvolvimento dos negócios, por isso, foi convidado a falar aqui para os empresários”, frisou Aguiar.