
A instalação de câmeras em creches e escolas da rede municipal de Criciúma segue em debate na cidade. O vereador Juarez de Jesus (PL) protocolou projeto de lei que prevê a instalação do equipamento em 100% das salas de aulas dos CEIMs (Centros de Educação Infantil Municipal) e do ensino fundamental, porém, a votação, que aconteceria nessa segunda–feira (2) foi prorrogada por 45 dias.
O próprio vereador foi quem pediu o adiamento. Ele alega ter ouvido dos colegas sobre a necessidade da inclusão no projeto de um estudo que aponte o impacto financeiro do projeto de lei para os cofres públicos. Esta é a segunda vez que a votação foi adiada.
“Ontem foi o primeiro prazo que eu tinha pedido, só que a presidência não conseguiu deixar o impacto pronto. Então, prorroguei mais uma vez e solicitei para a presidência da casa que desenvolvesse o impacto financeiro para que os colegas não tenham esse argumento de não saberem quanto é que vai custar e o executivo vetar”, explicou
PL quer garantir câmeras em creches 391b2w
O vereador aponta que a prefeitura iniciou investimento para instalação de câmeras nas salas de aulas dos CEIs (Centros de Educação Infantil) istrados pela Afasc (Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma). A necessidade agora seria iniciar a implantação nos CEIMs.
“As pessoas já devem ter visto que o próprio prefeito (Vaguinho Espíndola) já reconheceu a importância e já está instalando no CEIs da Afasc, mas é importante a aprovação dessa lei, até porque o prefeito tem mandato de quatro anos. A lei serve para garantir que nos demais mandatos, isso possa realmente continuar”, justifica.

Botão do pânico vira “caso de sucesso” 5j336n
Criciúma soma 11 CEIMs, todos eles com câmera de monitoramento na entrada, porém ainda sem este equipamento nas salas de aula. A secretária municipal de Educação, Geovana Benedet Zanette, concorda com o projeto de lei proposto por Juarez de Jesus, porém mantém preocupação justamente com o apontamento do valor necessário para que a ideia saia do papel.
“Quando determinado vereador aprova algo para o executivo, isso tem que estar no planejamento do orçamento, mas não há problema algum com a proposta”, avaliou.
Ela explica que a cidade tem investido em ferramentas de segurança para evitar crimes no ambiente escolar, sobretudo após o ataque em uma creche de Blumenau, em que um homem de 25 anos matou quatro crianças e feriu outas cinco. O botão do pânico, segundo Geovana, é um exemplo disso.
“Foi um investimento importante, inclusive com local de monitoramento. Às vezes ligam para informar que um portão ficou aberto, então é realmente um caso de sucesso. É uma ferramenta que não esperamos utilizar, mas que está funcionando”, afirma.
O estudo de impacto financeiro ligado ao projeto proposto por Juarez de Jesus deve ser contratado pela própria Câmara de Vereadores. Conforme o estatuto, não há mais possibilidade de adiamento da votação.