O governador Jorginho Mello decidiu colocar uma pá de cal nas especulações políticas de que estaria cogitando de efetuar mudanças no secretariado estadual.

Depois de abrir o Congresso dos Municípios foi categórico ao declarar de forma taxativa que a equipe continuará inalterada, que não há qualquer previsão de mudanças e que “a imprensa não nomeia ninguém”.
Com esta manifestação o chefe do executivo procura sepultar as pressões políticas de alguns parlamentares que desejam indicar novos titulares para as Secretarias da Casa Civil e da Agricultura.
Por todos os indicativos e agora pelas manifestações de Jorginho Mello, nada será mudado até a previsível reforma de março, quando titulares de secretarias vão renunciar para concorrer às eleições municipais de 2024.
A única hipótese examinada de forma muito reservada entre o governador e secretários do núcleo central foi a de antecipação das mudanças de março para janeiro, considerando o início do novo ano e os aspectos istrativos e financeiros dos projetos em execução.
Consideradas totalmente improcedentes as especulações de saída da secretária de Governo, Danieli Porporatti, servidora zelosa que há anos atua com o governador e concentra as principais atividades do Estado.
Ocorre que, trabalhando de 16 a 18 horas por dia, a secretaria teve que se afastar por estresse e para tratamento de saúde. Nada mais, segundo todas as fontes oficiais.
Deputados do PL e do MDB tem externado o desejo de indicações novas para o lugar do deputado Estenner Sorato na Casa Civil e de Valdir Colatto na Agricultura.
A verdade histórica é que Soratto vem realizando um trabalho produtivo e vitorioso, no relacionamento com a Assembleia e com instituições políticas e da sociedade civil, como registrado na aprovação de matérias polêmicas e inovadores do Poder Executivo.
Substituir Soratto antes do prazo legal iria enfraquece-lo no projeto para disputar a Prefeitura de Tubarão, com perdas para o PL, seu partido e a sigla do próprio governador.
Tirá-lo para a nomeação do advogado Felipe Mello, filho do governador, também implica em riscos de desgaste político, embora se trata de uma liderança experiente, com agens por várias secretarias e um hábil articulador.
No caso de Colatto, a situação é ainda mais delicada, em função das ameaças que pairam no meio rural com a decisão do STF mudando o Marco Temporal. Deputado federal experiente e fortemente ligado à agricultura catarinense, acompanha de perto os últimos acontecimentos e tem inteirado o governador das graves ameaças de conflitos, em especial no Morro dos Cavalos, Palhoça, e em municípios do oeste.
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