Três senadores e 13 deputados federais estiveram no encontro com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), em um restaurante em Brasília, nesta terça-feira (28). No “cardápio” do almoço estava uma lista de obras que Jorginho Mello quer executar, mas precisa da ajuda dos parlamentares para conseguir recursos do governo federal.

Essas obras ficam em rodovias federais e são velhas conhecidas da população.
“As demandas são recorrentes de muitos anos, estamos andando em círculo para terminar obras, principalmente de estradas. Santa Catarina (bancada) precisa estar unida para fazer com que essas obras aconteçam de forma mais rápida”, afirmou o governador na saída da reunião.
Na lista das estradas estão: BR-470, BR-163, BR-280 e BR-285. Além de aeroportos e portos como o de Itajaí.
“O governo agora tomou posição e vai buscar esses recursos para finalizar obras importantes para escoar produção e crescer o turismo de Santa Catarina”, afirmou a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC).
Alguns parlamentares também fizeram solicitações durante o almoço. O deputado Valdir Cobalchini (MDB-SC) pediu um plano de ação concreto em defesa da infraestrutura de Santa Catarina. O parlamentar citou um estudo da Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Santa Catarina), segundo o qual para melhorar a nossa malha viária é necessário aporte financeiro de R$ 3 bilhões.
Já Daniel Freitas (PL-SC) falou de uma obra que compete ao governo do Estado na região de Criciúma. Ele pediu atenção especial ao projeto de extensão da Via Rápida até o Balneário Rincão. O projeto já havia sido apresentado no ano ado ao Governo do Estado e está na Secretaria de Infraestrutura.
Marco temporal das terras indígenas 6z2a3d
Outro problema que ganhou destaque no encontro foi o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O caso no Alto Rio Itajaí pode se tornar referência para decisões em todo país e por isso vem sofrendo pressão.
Jorginho Mello está preocupado com a possível decisão pois, segundo ele, vai afetar diretamente cerca de 500 famílias do Estado.
A decisão está nas mãos do Supremo Tribunal Federal desde 2021. O governador chegou a pedir adiamento da votação, mas foi negado.
A opção agora, segundo o senador Jorge Seif (PL-SC), é tentar negociar. A bancada e o governador vão se reunir nesta quarta-feira (1º) com Rosa Weber, ministra do STF, para discutir o assunto.
“Amanhã [quarta, 1º], estaremos com o governador e a ministra do STF. Estamos perto do Dia do Índio (19 de abril), discussão de terras Yanomami, isso pode causar uma decisão precipitada e prejudicar todo país”, afirmou o senador.
A coordenadora do Fórum, Caroline de Toni (PL-SC), ressaltou que o papel dos parlamentares é ajudar a cobrar. “Vai depender da vontade das partes em fazer esse acordo”, explicou.
“O marco temporal precisa ser levado a sério porque não adianta falar de obras estruturantes, sem segurança jurídica. O governador abriu mesa de negociação para tentar resolver. É importante ter união para ajudar”, afirmou a deputada federal Daniela Reinehr (PL-SC).