Nesta quinta-feira (3) completa uma semana desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia. O pior conflito já registrado em décadas na humanidade, levou mais de um milhão de ucranianos a buscar o exílio, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas).

Pensando nisso, o ND+ separou uma linha do tempo com os principais acontecimentos do confronto até aqui.
24/2/22: Começo da invasão 5n1l4s
Na manhã do dia 24 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, que tinha concentrado entre 150 mil e 200 mil soldados em torno da Ucrânia nas semanas anteriores, anuncia uma “operação militar” na Ucrânia.
Segundo o mandatário, a intenção era defender as “repúblicas” separatistas autoproclamadas do leste do país, cuja independência havia reconhecido três dias antes.
Minutos após o anúncio, são ouvidas fortes explosões na capital Kiev, além de outras cidades do leste e sul da Ucrânia. O governo ucraniano denuncia uma “invasão em larga escala”.

A ofensiva provoca indignação internacional. “O mundo exigirá que a Rússia preste contas” após este “ataque injustificado”, adverte o presidente americano, Joe Biden.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anuncia uma mobilização militar geral. Pela manhã, as forças terrestres russas entram no território ucraniano a partir da Rússia e de Belarus.
26/2/22: Putin ameaça com “a força de dissuasão” russa 5v54z
No sábado, dia 26 de fevereiro, o exército russo recebe a ordem de expandir a ofensiva pela Ucrânia “em todas as direções”.
27/2/22: Armas nucleares 5i6v6x
No dia 27, Putin anuncia ter posto em alerta a “força de dissuasão” do exército russo, que pode incluir as armas nucleares. A Casa Branca denuncia uma escalada “inaceitável”, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) critica uma atitude “irresponsável” por parte de Moscou.
A União Europeia informa que financiará a compra e a entrega de armas à Ucrânia, uma novidade. Volodimir Zelensky aplaude a formação de uma “coalizão” internacional de países para apoiar a Ucrânia.

Em represália, os ocidentais ordenam uma bateria de sanções econômicas cada vez mais severas contra Putin e seu entorno e a economia e o setor financeiro russos.
Os 27 países-membros da União Europeia excluem sete bancos russos do sistema financeiro internacional SWIFT e bloqueiam, juntamente com os Estados Unidos, os ativos do Banco Central russo.
Os espaços aéreos são fechados e a Rússia se vê banida de uma série de eventos esportivos e culturais. A UE proíbe a difusão em seu território de veículos de comunicação públicos russos RT (antiga Russia Today) e Sputink.
28/2/22: Começam as negociações entre Rússia e Ucrânia 4b3w2n
O dia 28 foi marcado pelo início das negociações entre Rússia e Ucrânia na fronteira entre a Ucrânia e Belarus, sem que levem a nenhum resultado tangível.
O presidente ucraniano instiga a UE a integrar “sem demora” seu país ao bloco.

Em uma conversa com seu contraparte francês, Emmanuel Macron, Vladimir Putin estabelece como condições para pôr fim à invasão da Ucrânia que a Crimeia seja reconhecida como território russo, a “desnazificação” do governo ucraniano que a Ucrânia tenha um “status neutro”.
O rublo cai a mínimos históricos perante o dólar e o euro na bolsa de Moscou.
1/3/22: Biden tacha Putin de “ditador” 5p1833
Em 1º de março, Joe Biden considera que Vladimir Putin, a quem chama de “ditador”, está “mais isolado do que nunca do resto do mundo”.

2/3/22: Novas tropas em território ucraniano 42a32
Em 2 de março, tropas aerotransportadas desembarcam em Kharkiv (norte), segunda cidade da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia e que na véspera tinha sido bombardeada.
No sul, a cidade portuária de Kherson, perto da Crimeia, também é bombardeada.
No sudeste, a artilharia russa ataca intensamente Mariupol, bombardeando o centro da cidade e zonas residenciais desta localidade situada às margens do mar de Azov, um dia depois de ter se apoderado do porto de Berdiansk, situado a 90 km.
O controle de Mariupol, cidade de 441 mil habitantes, permitiria à Rússia assegurar uma continuidade territorial entre suas forças vindas da Crimeia e as procedentes dos territórios separatistas do Donbass, mais ao norte.
Moscou, por sua vez, anuncia seu primeiro balanço de militares russos mortos: cerca de 500.
Os preços dos combustíveis e do alumínio, do qual a Rússia é grande exportadora, disparam e a cotação do petróleo atinge níveis máximos em quase uma década.
3/3/22: Tomada de Kherson e novas negociações js23
Em 3 de março, autoridades ucranianas confirmam que o exército russo tomou Kherson, primeira grande cidade ucraniana a cair em suas mãos.
Em Mariupol, a situação “se degrada a cada hora”, segundo uma moradora, enquanto Kharkiv, no norte, foi bombardeada durante a noite.

Em Kiev, ouvem-se fortes explosões durante a noite. Milhares de mulheres e crianças levam várias noites dormindo no metrô, transformado em abrigo antiaéreo.
Pouco antes das 15h, 12h no horário de Brasília, Kiev e Moscou iniciam novas negociações na fronteira em Belarus, perto da fronteira com a Polônia.
Vladimir Putin adverte que a operação do exército russo vai “se agravar” se os ucranianos não aceitarem suas condições, afirma a Presidência sa após uma conversa por telefone entre os presidentes russo e francês.