Num dos mais famosos discursos da história, John F. Kennedy indagou a toda uma nação: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país”. Definitivamente, o Brasil não é para amadores. No Brasil, Kennedy sequer teria alcançado o 2º turno!

Quase ninguém está interessado em fazer algo pelo próximo, e muito menos por seu condomínio, seu bairro, sua comunidade, cidade, estado ou país! Tem quem sequer pague pensão alimentícia aos filhos! Que dirá participar “sem levar vantagem”. No Brasil, infelizmente, “corrupção” é o que lucraram sem te chamar; se te chamam é só “oportunidade”, um “negócio”.
Numa nação em que Lula e Eduardo Cunha estão livres e elegíveis para retomar o poder, segundo Zé Dirceu, e, pasme, o senador Renan Calheiros é o novo caçador de corruptos do país, não seria nada insólito se Fernando Collor se candidatasse novamente “para pôr termo a esse estado de coisas”.
E nesse cenário, não pergunte o que você pode fazer pelo país. O último juiz a tentar foi de ministro da Justiça a provável réu e futuro condenado da própria “Justiça”.
Quem duvida que se recorde do ex-delegado e ex-deputado Protógenes Queiroz. Em 21 de outubro de 2010, a mesma 2ª Turma do STF que anulou os processos contra o ex-presidente Lula condenou o então deputado federal Protógenes pelo vazamento de informações sigilosas na Operação Satiagraha, que em 2008 prendeu o banqueiro Daniel Dantas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Em abril de 2016, a Suíça concedeu asilo a Protógenes, que no Brasil é foragido! Pergunte o que você pode fazer pelo seu condomínio, pelo seu bairro e por sua comunidade! E já farás muito! Enfrentarás todo tipo de inveja, vaidade, injustiça e, sim, muita má-fé, má istração e má vontade. Receberás centenas de críticas, e quase nenhum elogio.
E quando tentares promover a Justiça, conhecerás não apenas o poder da corrupção, mas a dor da injustiça. Mas acredite: “Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados”, ensinou o filosofo irlandês Edmund Burke.
E, como profetizou o mártir da liberdade, Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Jamais desanimes. O que te proponho é mudança de foco. Consigo imaginar uma revolução sem necessidade de “reforma política” pelo establishment, ou seja, por quem já está no poder e sempre perguntando o que mais se pode fazer por eles, e somente eles e seus cabos eleitorais.
Sonho com revolução pacífica, silenciosa e ordeira, onde os bons vão a partir do Whatsapp se organizar e se reunir nas plataformas digitais para pôr e impor justiça e cidadania em seus lares, em seus condomínios, suas ruas, seus bairros, sua comunidade, e não apenas em benefício de políticos e empresários, finalmente, sem perceber, estaremos todos juntos fazendo muito mais pelo nosso país!
Portanto, não tenha medo de gritar contra os maus e erguer os braços contra mal.