
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (03) em Brasília que o governo depende dos votos do Congresso Nacional para aprovar mudanças e reajuste nas alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A afirmação ocorreu após uma série de encontros entre o ministro e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e do Senado Federal, Davi Alcolumbre; para tentar dissipar o mal-estar provocado pelo aumento inesperado do imposto, no mesmo dia em que a equipe econômica anunciou um contingenciamento de mais de R$ 31 bilhões ao Orçamento.
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“Há um alinhamento muito grande em relação aos parâmetros para encaminhar essas medidas”, disse Haddad ao sair de um almoço na residência oficial da Câmara. Segundo informou o ministro, há um compromisso de que a equipe técnica da área econômica detalhe os impactos da elevação do imposto aos parlamentares.

“O Congresso vai dar a última palavra”, explicou o ministro Haddad, ao informar que as propostas serão debatidas pelos líderes dos partidos na próxima semana, e a partir daí será feito um trabalho de convencimento dos parlamentares para que aprovem o texto.
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As reuniões entre os líderes do Congresso Nacional e a equipe econômica vieram após a oposição apresentar um projeto que questionava o aumento do IOF, alegando que a equipe econômica ao menos teria sido consultada, e Haddad ter sido intimado pelos presidentes Alcolumbre e Motta a resolver o problema.

Haddad disse que estão sendo estudadas medidas para fechar as contas do Orçamento que deverá ser apresentado ao Congresso até agosto deste ano, e que precisam do aval dos parlamentares para seguir em frente. Ainda de acordo com Fernando Haddad, não há como adiantar o que está sendo debatido no momento.
Alckmin destaca ‘maturidade política’ dos poderes 314g5t
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também esteve presente, disse que poucas vezes assistiu um momento de tanta “maturidade política”. “Eu acho que foi um momento histórico, de entendimento entre os poderes”, afirmou Alckmin.
Sobre o prazo de dez dias dado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, para resolver o imbróglio do IOF, e revogar a medida, Haddad voltou a afirmar que não será preciso tanto tempo. Motta destacou a competência de Haddad, com alternativas ao aumento do IOF.
Segundo o presidente da Câmara, essa agenda conjunta dos poderes traduz um compromisso com o país, e com o melhor ambiente econômico do Brasil.
Já Davi Alcolumbre reforçou a necessidade de garantir que o parlamento tenha conhecimento das medidas que estão sendo debatidas antes de anunciar quais serão elas. Para Alcolumbre, a discussão não se resume ao orçamento deste ano, e sim de um projeto para o Brasil.