A Câmara de Vereadores de Major Vieira, cidade do Planalto Norte de Santa Catarina, votou nesta terça-feira (1º) um projeto de decreto legislativo que dispõe sobre a perda do mandato do prefeito municipal. Ele foi preso em abril deste ano na 4ª fase da Operação Mensageiro, que investiga esquema de corrupção na coleta de lixo.

Conforme a Câmara de Major Vieira, após sua prisão, Lisczkovski solicitou afastamento do cargo por um período de 60 dias, finalizado em 25 de junho. Após o período, o prefeito afastado não teria solicitado nova licença na Câmara. Segundo Lei Orgânica Municipal, caso o prefeito se mantenha ausente por mais de 15 dias, é possível aplicação de pena de perda do mandato.
Baseados neste artigo da Lei Orgânica, os vereadores votaram com unanimidade pela perda do mandado de Lisczkovski. A primeira votação aconteceu nesta terça-feira (1º) e, se aprovada em mais uma votação, que ocorre na segunda-feira (7), o resultado será encaminhado ao diário oficial e, então, dado posse definitiva ao vice-prefeito, Edson Schroeder, que, atualmente, já ocupa o cargo de chefe do governo municipal.
O que diz a defesa 5x285u
O advogado que defende Lisczkovski na esfera criminal informou que não pode se manifestar sobre trâmites na esfera istrativa, portanto, não poderia dar um posicionamento sobre o caso que corre na Câmara. Ele também informou que, no âmbito istrativo, o acusado não possui defesa. A reportagem do Portal ND+ também buscou a defesa da Prefeitura de Major Vieira, que informou que não pode se manifestar sobre o processo, já que não representa Lisczkovski.
A Operação Mensageiro 143j62
A investigação apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e iva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Além das prefeituras, a operação investigou o Grupo Serrana, empresa contratada para o serviço e que estaria pagando propina para os prefeitos em troca de benefícios.