‘Taxadd’: oposição quebra regra da Câmara e mira Haddad com gritos e cartazes 1x1050

Protesto acontece no mesmo dia em que o ministro da Fazenda se envolveu em um bate-boca na Câmara

Oposição faz protesto contra Haddad em sessão na CâmaraOposição faz protesto contra Haddad em sessão na Câmara – Foto: TV Câmara/Reprodução

Parlamentares da oposição transformaram o plenário em palco de protesto nesta quarta-feira (11), contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizando cartazes e palavras de ordem – prática proibida por regra da própria Casa.

Comandada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-SP), a manifestação teve como alvo direto o titular da Fazenda, apelidado de “Taxadd” pelos oposicionistas em crítica ao que chamam de política de aumento de impostos do governo.

No mesmo dia, houve uma discussão durante uma audiência entre os deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ministro Haddad. Jordy ficou irritado com um comentário de Haddad e o chamou de “moleque”. Haddad havia dito que os dois deputados tinham agido com “molecagem” por fazerem muitas perguntas e saírem da sala antes de ele responder.

Durante o pronunciamento, Sóstenes acusou Haddad de ser “analógico” e disse que ele “não tem condições de ser ministro da economia”. Em coro, os parlamentares repetiram três vezes: “Deus nos livre do Taxadd”.

Veja a sessão em que a oposição faz protesto contra Haddad: 6s6g3j

“Vamos sempre lutar contra o aumento de impostos porque o brasileiro, pode ser o pobre, o classe média vão sempre pagar impostos no Brasil”, disse o líder.Após a fala, Sóstenes pediu para que os parlamentares repetissem três vezes “Deus nos livre do Taxadd”.

A oposição faz protesto contra Haddad enquanto os deputados discutiam um projeto de lei que endurece as penas para o porte e disparo de armas de uso .

O uso de cartazes, no entanto, contraria uma determinação da presidência da Câmara, editada em fevereiro por Hugo Motta (Republicanos-PB), que proíbe materiais como faixas, panfletos e banners no plenário.

Entenda o bate-boca na Câmara 4m6b13

Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o clima esquentou entre o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Irritado, Jordy chamou o ministro de “moleque” após se sentir ofendido por um comentário feito por Haddad.

Pouco antes, Haddad disse que Jordy e o colega Nikolas Ferreira fizeram uma “molecagem” por terem feito uma série de questionamentos e se retirado da sala da comissão antes de ouvirem sua resposta.

Oposição faz protesto contra Haddad no mesmo dia em que o ministro se envolveu em bate-boca na Câmara – Vídeo: Luiz Rodrigues/NDTV

“Eu tenho tido o ânimo de debater, mas com os bolsonaristas eu não consigo debater. Eu não consigo debater. Desde 2018 o Bolsonaro fugiu de todos os debates. Agora aparecem aí dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate”, disse o ministro.

“Eu venho aqui com o espírito público, venho com o dado oficial, venho com PECs e leis complementares que vocês aprovaram, para debater. Agora esse tipo de atitude, de alguém que quer aparecer na rede falando sério e corre, sempre que o debate vai acontecer, estou perdendo aqui um minuto para esse desabafo, porque é um pouco de molecagem, sabe, e isso não é bom para a democracia”, disse.

Oposição faz protesto contra Haddad – Foto: TV Câmara/Reprodução/NDOposição faz protesto contra Haddad – Foto: TV Câmara/Reprodução/ND

Haddad questionou onde estavam Nikolas e Jordy quando o parlamento votou medidas para sanear o Orçamento público, com a PEC da Transição, por causa de “calotes” que foram dados pelo governo de Jair Bolsonaro. O ministro disse que Bolsonaro deu o calote nos precatórios, vendeu a Eletrobras “na bacia das almas” e lembrou do episódio em que os governadores foram tungados no ICMS com a mudança da alíquota modal para combustíveis e energia elétrica.

“Dando calote em precatório e tomando dinheiro de governador, qualquer um faz superávit”, disse o ministro, falando sobre o resultado primário de 2022. Jordy havia mencionado o superávit da gestão Bolsonaro. Haddad disse que o País ainda teria vergonha de ter o quadro de Bolsonaro na galeria de presidentes e ainda disse que o governo não venderá patrimônio público para pagar dívida.

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