
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, protagonizou um momento inusitado durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (23), ao esquecer seu microfone ligado e deixar escapar um comentário espontâneo.
O episódio ocorreu durante o depoimento do ex-ministro da Defesa José Aldo Rebelo, convocado como testemunha no processo que apura articulações golpistas registradas em 2022.
Segundo relatos, a audiência foi marcada por um clima tenso, especialmente após uma pergunta formulada por Paulo Gonet com a frase inicial: “O senhor acredita…”. Em seguida, sem se dar conta de que seu microfone ainda estava aberto, Gonet soltou a frase: “Fiz uma cagada agora”.
Por que a pergunta foi polêmica? h1f4v
A formulação da pergunta gerou reação negativa entre juristas, que argumentaram que testemunhas devem se ater à descrição de fatos e não a opiniões ou crenças pessoais.
A reação de Paulo Gonet provocou risos entre os presentes na sala da sessão e o episódio não ou despercebido por quem acompanhava os desdobramentos do julgamento no STF.
A sessão em que ocorreu o comentário espontâneo de Paulo Gonet ainda contou com o depoimento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que também foi ouvido no mesmo processo investigativo.

Além de Paulo Gonet, Dino e Moraes também chamaram atenção durante julgamento no STF esta semana 4es5a
Além de Paulo Gonet, outras figuras públicas também se destacaram nos debates jurídicos ocorridos ao longo da semana. Na quinta-feira (22), o ministro Flávio Dino causou surpresa ao ler, em plenário, um comentário ofensivo enviado à ouvidoria do STF.
No texto, um cidadão se referia a ele com o termo “rocambole do inferno”, além de acusações envolvendo outros nomes públicos como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Dilma Rousseff. Dino rebateu com bom humor, afirmando que, na época mencionada, ele “tinha 11 anos e estava brincando de carrinho”.
‘Rocambole do inferno’: Ministro do STF lê xingamento recebido por ouvidoria – Vídeo: Reprodução/Portal Migalhas/STF
Já na quarta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes também teve destaque ao mencionar ironicamente apelidos usados contra ele pelos investigados. Entre eles, estava a alcunha de “cabeça de ovo”, atribuída ao magistrado pelo coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Júnior, um dos réus.
Moraes leu o trecho da denúncia em que o militar questiona e dá um apelido ao ministro: “Se a gente não tem coragem de enfrentar o cabeça de ovo, vamos enfrentar quem?”.
Moraes leu os apelidos durante julgamento da Primeira Turma do STF – Vídeo: Reprodução/ND