Na terça-feira ada, dia 16, a 5ª turma do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) negou pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro para anular inquérito conhecido como caso das “rachadinhas”.

Seguindo voto do relator, ministro Felix Fisher, o colegiado considerou que os relatórios de inteligência financeira e as informações trocadas entre Coaf e MP foram legais. A decisão não me surpreende. Tampouco, a prática de “rachadinhas”, uma consequência óbvia da pandemia dos cargos comissionados.
O que me surpreende é que o filho do presidente Bolsonaro seja o único alvo de investigação, como se fosse o único político brasileiro a praticar a “rachadinha”, uma das fontes mais antigas do “caixa 2” de campanhas eleitorais e que tem sua fonte nos cargos de confiança.
No Brasil, que tem 198 milhões de habitantes, segundo o PEP ( Estatístico de Pessoal) — plataforma istrada pelo Ministério da Economia –, existem mais de 31.900 pessoas em posições comissionadas, apenas no Poder Executivo, correspondendo a 5,3% dos 603.009 servidores ativos.
Nos Estados Unidos da América, que tem 300 milhões de habitantes, há 7.000 cargos em comissão ocupados por particulares sem concurso público; no Chile, com 17 milhões de habitantes, há 800 cargos; na Holanda, em 16 milhões de habitantes, há 700 cargos; na Inglaterra, monarquia com população de 50 milhões, há 500 cargos em comissão; na França e Alemanha, que têm 65 milhões e 81 milhões de habitantes, respectivamente, há apenas 300 cargos em comissão sem concurso público!
Quantas vidas poderiam ser salvas com os recursos desviados entre “rachadinhas”, “funcionários fantasmas” e “cabos eleitorais” empregados à custa do suor do povo brasileiro e do empresário que nem trabalhar mais pode?
Até quando seremos negacionistas quanto ao maior dos males brasileiros? A corrupção e a pandemia dos comissionados em todos os poderes e esferas de governo? Hospitais não estão cheios apenas por conta da Covid; estão lotados – e sempre estiveram – pelo desvio mortal do dinheiro público!
Genocidas são os políticos corruptos e os que aceitam um cargo em comissão por favorecimento político. #genocidas #corruptores e #corrompidos. É preciso cortar o mal pela raiz! Extinguir os cargos comissionados a mínimos excepcionais, e exigir concursos públicos! #acordabrasil #despertagigante