“Quero ser o presidente do diálogo, respeitar a pluralidade, as ideias diferentes e buscar sempre o entendimento”, disse João Cobalchini (União Brasil) ao assumir, nesta segunda-feira (2), a presidência da Câmara de Florianópolis. Ele substitui Roberto Katumi (PSD), que nem foi à solenidade, e fica no cargo no biênio 2023/2024.
No discurso, Cobalchini defendeu a parceria entre Legislativo e Executivo para atacar “problemas históricos” na cidade, como a legalização de ruas e a falta de saneamento básico. Também disse que o gabinete da presidência estará “de portas abertas” para as entidades e associações e que tem “compromisso pessoal” em aprovar um “bom Plano Diretor para a cidade”.

A condução do processo de revisão da lei de planejamento urbano, aliás, será o principal desafio do novo presidente neste início de gestão. Havia uma expectativa de que o projeto, entregue pelo Executivo no final de setembro, fosse votado ainda em 2023, mas a tramitação no Legislativo não permitiu que isso acontecesse.
Um dos motivos foi a própria eleição de Cobalchini, fruto de um acordo com a esquerda envolvendo a realização de mais audiências públicas para discussão da proposta. Mesmo depois das 14 audiências públicas realizadas pela prefeitura e que tiveram ampla participação popular.
Há uma queda de braço interna envolvendo o Plano. Não é à toa que o último ato assinado pelo vereador Roberto Katumi (PSD) como presidente da Câmara da Capital, publicado no “Diário Oficial” que circulou em 29 de dezembro, determina novos ritos com o objetivo de dar agilidade ao trâmite do projeto.
Prevê a “tramitação simultânea” nas comissões de mérito – Viação, Obras Públicas e Urbanismo; e de Meio Ambiente) – e que as emendas ou substitutivos apresentados sejam remetidos conjuntamente ao órgão municipal de planejamento para parecer técnico.
ENTREVISTA/João Cobalchini, presidente da Câmara de Florianópolis
O que muda na Câmara da Capital?
É uma mudança pela democracia. Quero que todos os vereadores, não só o presidente, tenham voz e vez no Legislativo.
Como vai ser a tramitação do Plano Diretor? O que a cidade pode esperar do Legislativo nesse processo?
O texto ou agora na Comissão de Constituição e Justiça, da qual eu era o presidente. Fizemos o nosso papel. Deliberamos, com a aprovação de emendas.
Na volta do recesso, em fevereiro, quero me sentar com os integrantes da mesa para fazer um rito especial para análise do Plano Diretor.