Por unanimidade, Comissão do Senado aprova que Lula ‘troque chumbo’ contra tarifaço de Trump e92f

Projeto ganhou força após o surgimento de novas tarifas internacionais, principalmente a taxação de 25% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros h6k2s

Nesta terça-feira (1º), a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal aprovou, por 16 votos a 0, um projeto de lei que autoriza o governo brasileiro a adotar medidas de reciprocidade contra barreiras comerciais impostas por outros países, incluindo o “tarifaço de Trump”. O objetivo, segundo o texto, é proteger setores estratégicos da economia nacional.

Lula poderá 'trocar chumbo' com os EUA após o 'tarifaço de Trump' caso o projeto seja aprovado pelo Congresso - Foto: Agência Brasil/YouTube/Reprodução/NDLula poderá ‘trocar chumbo’ com os EUA após o ‘tarifaço de Trump’ caso o projeto seja aprovado pelo Congresso – Foto: Agência Brasil/YouTube/Reprodução/ND

Segundo a Comissão, setores como o agronegócio e a indústria podem sofrer grandes impactos com as restrições, comprometendo sua competitividade no mercado internacional.

Agora, o projeto segue direto para a Câmara dos Deputados. Caso o plenário do Senado faça um pedido de vista nos próximos cinco dias, o texto volta aos senadores. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), pode acelerar essa tramitação.

A relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, articula com lideranças no Congresso para garantir que a proposta avance rapidamente na Câmara. O presidente da CAE, Renan Calheiros (MDB-AL), também defendeu que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dê prioridade à votação da matéria.

Relatora do projeto, Tereza Cristina (PP-MS) quer máxima celeridade na tramitação do projeto - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/NDRelatora do projeto, Tereza Cristina (PP-MS) quer máxima celeridade na tramitação do projeto – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/ND

‘Tarifaço de Trump’ levou país a criar projeto de ‘chumbo trocado’ 2v4u3e

O projeto ganhou força diante do aumento do protecionismo global, especialmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros, o chamado ‘Tarifaço de Trump’.

Além disso, Trump deve anunciar novas medidas comerciais nesta quarta-feira (2), o que reforçou a necessidade de o Brasil ter mecanismos para reagir a essas restrições.

O ‘tarifaço de Trump’ faz parte da política protecionista do republicano, que tem aplicado tarifas sobre produtos estrangeiros de países como Brasil, México e Canadá. As tarifas de 25% sobre aço e alumínio brasileiros, anunciadas em fevereiro, estão em vigor desde 12 de março.

No último mês, Lula disparou críticas a Trump, considerando as tarifas como “desrespeitosas” e exigindo que o estadunidense tenha “respeito” com o Brasil.

Tarifaço de Trump aumentou em 25% as taxas de importação de produtos brasileiros - Foto: Roberto Schmidt/AFP/NDTarifaço de Trump aumentou em 25% as taxas de importação de produtos brasileiros, tornando-os mais caros nos EUA – Foto: Roberto Schmidt/AFP/ND

Principais medidas do projeto 4z1738

A proposta permite que a Camex (Câmara de Comércio Exterior) adote contramedidas contra países ou blocos econômicos que:

  • Desrespeitem acordos comerciais assinados pelo Brasil;
  • Imponham barreiras ambientais mais rígidas do que as exigidas no próprio Brasil;
  • Interfiram na soberania nacional em questões comerciais.

As respostas podem incluir restrições comerciais, suspensão de concessões, medidas sobre investimentos e até limitações a direitos de propriedade intelectual. Qualquer sanção imposta deve ser proporcional ao impacto econômico causado ao Brasil.

Além disso, o projeto determina que o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, realize negociações diplomáticas para tentar reduzir os efeitos das barreiras impostas.

*Com informações do R7

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